O mercado para co-processamento de resíduos no Brasil passa por um período de grande expansão. Os grupos cimenteiros estão investindo grandes somas de dinheiro para aproveitar este crescimento e, ainda, reduzir significantemente os custos operacionais.
Porém o uso de resíduos em fornos de cimento precisa de alguns cuidados. A seguir estão algumas dicas:
Resíduos, em geral, não são homogêneos. É necessário se acostumar com isso.
A quantidade e tipo podem mudar conforme o mercado. Contratos de longo prazo são raros. Os sistemas de manuseio e combustão deverão ser flexíveis para absorver essas mudanças
Normalmente os resíduos possuem grandes quantidades de cinza (que afeta a saturação do clínquer) e/ou grande quantidade de água (que afeta a temperatura de chama e capacidade de exaustão).
Cuidado com os contaminantes (especialmente cloro, enxofre e flúor) que podem prejudicar a operação do forno
Resíduos perigosos (que precisam ser incinerados) devem ser injetados pelo queimador principal. Resíduos de difícil manipulação devem ser introduzidos preferencialmente pela caixa de fumaça ou calcinador.
Cuidado com o transporte pneumático: oleosidade ou umidade podem ocasionar entupimentos da linha. Deve-se verificar a compatibilidade do resíduo
Elevadores de caneca podem custar menos na implantação mas poderão causar mais dores de cabeça na operação.
Para injeção de resíduos sólidos pelo queimador principal, deve-se dar preferência por resíduos com dimensão menor do que 10 mm, dada a pequena disponibilidade de espaço para o transporte pneumático e curto tempo de residência.
Deve-se lembrar que os sistemas de injeção de resíduos raramente operam sem algum acompanhamento dos operadores. Inspeções periódicas são mais freqüentes do que se imagina
Finalmente deve-se planejar antes de começar a injetar resíduos. Visitas a plantas onde o seu tipo de resíduo é utilizado são aconselhadas, bem como ler nosso artigo sobre utilização de resíduos nos fornos de cimento
Ano da Publicação: | 2007 |
Fonte: | http://www.dynamismecanica.com.br/artigo010.php |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |