A Bahia em ritmo de reciclagem

Os esforços para promover a reciclagem em Salvador (BA) têm vindo de todos os lados: do poder público, de Organizações Não-Governamentais (ONGs) e de outras instituições engajadas em assegurar a correta destinação do lixo urbano.



Abaixo, você encontra dois exemplos de projetos que, apesar de recentes, apontam para resultados promissores.



Reciclar para Crescer



Lançado em março de 2003, esse programa do governo da Bahia, coordenado pela Secretaria de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (Secomp), promove ações para preservar o meio ambiente e gerar empregos e renda. Isso ocorre a partir de alianças com cooperativas, associações e ONGs envolvidas no processo de reciclagem de resíduos sólidos (PET, entulhos, material orgânico e pneus), prefeituras, empresas e instituições financeiras.



Seis cooperativas – com a participação direta de 50 pessoas – estão reciclando embalagens PET na região de Salvador, com apoio da Secomp que também dá orientação sobre como gerir o novo negócio. As garrafas PET são obtidas por meio de doações ou coleta em condomínios e restaurantes. Os passos seguintes são a separação, o enfardamento – com o uso de balanças, prensas e trituradores adquiridos com verbas do Fundo Nacional contra a Pobreza – e a comercialização. A Bahia PET, que tem uma unidade industrial em Salvador, compra, a preço de mercado, as mil toneladas recolhidas a cada mês.



O programa busca formar cooperativas em toda a Bahia e viabilizar a compra do material reciclado. “Em setembro, por exemplo, faremos uma campanha de sensibilização e seminários para estimular a formação de um novo consórcio em Porto Seguro. Outro avanço é que a Universidade Federal da Bahia dará consultoria às cooperativas para mantê-las centradas no desenvolvimento sustentável”, destaca Angelina Araújo, coordenadora do programa Reciclar para Crescer. A iniciativa prevê que, até o primeiro semestre de 2004, serão implantados mais dois projetos no centro de Salvador: uma usina-piloto de reciclagem de entulho, com a produção de materiais de construção para moradias populares, e uma unidade de compostagem, que irá gerar adubo de qualidade a custo competitivo.


Ano da Publicação: 2004
Fonte: CEMPRE
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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