A cultura e o lixo

Muita gente deve ter ouvido falar na crise do lixo em Nápoles, na Itália. A situação, que já dura mais de um ano, acabou com o turismo da cidade, coloca em risco a população e já envolveu até a máfia. O problema, pelo que pude apurar, é que os lixões da cidade estão cheios, e não há para onde levar todo essa sujeira produzida diariamente pelas pessoas. Para se ter uma idéia, um europeu produz, em média 1,24 Kg de lixo por dia. E, se a situação estava feia, piorou: os lixeiros entraram em greve e os sacos começaram a se acumular pela cidade toda.

Até este ponto, nada de novo. Aqui em Sampa, quando tem greve dos lixeiros, a cidade fede. E nunca passa de alguns dias. Foi aí que eu me deparei com algo que me surpreendeu e fez pensar em como a cultura e informação pode mudar a reação das pessoas.
Há cerca de 1 ano, os lixeiros de Vancouver, no Canadá, entraram em greve. A paralisação durou 88 dias, período no qual os residentes da cidade tiveram que se virar para evitar a acumulação indesejada de lixo.

E sabe o que eles fizeram? Começaram a fazer compostagem! Tudo bem que já existia um número razoável de pessoas que fazia isso na cidade, cerca de 30%. Mas o incrível é que quem havia parado ou não fazia, começou a juntar suas minhocas e alimentá-las com os restos orgânicos.

Aí eu me pergunto: será que a gente não podia fazer um esforço nesse sentido? Porque o fato é que os aterros brasileiros estão cada dia mais cheios e não falta muito, chegaremos a uma situação parecida. No link abaixo, um vídeo do sempre ótimo Cidades e Soluções, que fala de produção de energia a partir do lixo

Ano da Publicação: 2010
Fonte: http://nossoquintal.org/2008/06/26/a-cultura-e-o-lixo/
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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