O mar está cada vez mais poluído.
Mas um projeto quer transformar sujeira em moradia
No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo – são 4 milhões de toneladas de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e formam um amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre – mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes.
Ela teria casas, lojas, praias, áreas de lazer e plantações – tudo apoiado numa base de plástico flutuante.
Seus criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente, produzindo a própria comida e energia. “Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A principio, tudo será feito com o lixo que encontrarmos na área”, diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem ameaçar a estabilidade da ilha).
O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar – ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. “A ilha não é economicamente rentável. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser humano”, diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse em-preendimento continua boiando.
Lixão flutuante
Como é e onde fica a supermancha de lixo.
Onde: Oceano Pacífico.
O que tem: 4 milhões de toneladas de plástico
Origem: 80% vêm dos continentes; 20% são jogados por navios.
Reportagem de: Lorena Verli
Publicada em:
http://super.abril.com.br/ecologia/ilha-lixo-610902.shtml
Ano da Publicação: | 2011 |
Fonte: | http://www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&xmoe=212&moe=212&id=17278 |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |