As pessoas que vivem de recolher lixo de grandes e pequenas aglomerações urbanas, prestam serviços dos mais relevantes para a sociedade. Ajudam da reciclagem dos materiais, o que tem um valor ambiental reconhecido. Mas a mesma sociedade que é beneficiada por esse tipo de trabalho ainda não dá a esses trabalhadores o devido reconhecimento.
A primeira barreira a vencer, sem dúvida, é o preconceito. E ele começa no momento em que se nega a essas pessoas a qualificação de trabalhadoras. Para muito trata-se apenas de “desempregados”, que, em situação de pobreza, recolhem lixo para sobreviver. Na verdade, essas pessoas estão inseridas, como qualquer trabalhador, no setor produtivo da economia.
O que existe é a superexploração do trabalho dessas pessoas. Ou seja, há um forte descompasso entre a relevância do serviço que prestam e a renda que retiram dessa função. Um grande obstáculo a esse respeito, os atravessadores que intermedeiam a compra do lixo dos catadores e a venda a indústria, tem sido vencido com a formação de cooperativas por parte dos catadores de lixo.
Esse tipo de organização ajuda nas ações que visam a reivindicar direitos do poder público. Em Brasília por exemplo, exigiram do governo federal que regularmente a profissão e que disponibilize linhas de crédito para a sua atividade.
O que é certo é que esses trabalhadores exerce um serviço de utilidade pública e que seus pleitos por melhores condições de trabalho precisam ser ouvidos.
Fonte: Folha de São Paulo 11 de julho de 2001
Ano da Publicação: | 2010 |
Fonte: | http://mundodolixo.tripod.com/index_arquivos/page0009.htm |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |