As latas de alumínio possuem a mais alta taxa de reciclabilidade entre todas as embalagens produzidas no Brasil. Em 2006, cerca de 94,4% do total produzido – 12,2 bilhões de latas – foi reciclado. No ano passado, o número se manteve e deve continuar nesse patamar pelos próximos anos. “Estamos no limite do que é tecnicamente possível”, explicou Renault de Freitas Castro, diretor executivo da Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alta reciclabilidade (Abralatas).
Segundo o executivo, os 5% restantes da produção são utilizados por artistas para fazer artesanato ou são desviados acidentalmente.
A reciclagem de latas de alumínio começou com a utilização da matéria-prima pelas indústrias de bebidas, no final da década de 1980. Em 1998, o percentual de reciclagem em relação à produção estava em 80%. “Faz seis anos que o Brasil é o País que mais recicla latas de alumínio no mundo”, explicou.
De acordo com o executivo, o que mais impulsionou a reciclagem de latas de alumínio nos últimos anos foi a estruturação dos catadores em cooperativas e associações e o aumento da coleta seletiva em condomínios, antes muito individualizada.
“Houve uma reestruturação dos catadores. Eles se organizaram e reduziram o ciclo, vendendo direto para a indústria e aumentando a rentabilidade do negócio”, observou. Segundo ele, recolher latas deixou de ser uma atividade vinculada a pobreza e passou a ser uma alternativa ao desemprego e para aumentar a renda.
As latas de alumínio têm ganhado espaço no mercado brasileiro de bebidas. Segundo Castro, em 2006, a participação das latas de alumínio nas indústrias de bebidas era de 28% e fechou o último bimestre, de dezembro do ano passado a janeiro deste ano, com uma fatia de 32%. “A nossa produção cresceu 25%, em média, nos últimos dois anos. O preço da lata varia de acordo com as regiões do Brasil, mas o quilo é vendido por aproximadamente R$ 3,20, em média.
Fonte: Gazeta Mercantil
Ano da Publicação: | 2012 |
Fonte: | reciclaveis.com.br |
Link/URL: | http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00802/0080229limite.htm |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
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