As cascas do coco verde correspondem a 80% do peso bruto do fruto. No entanto, ao contrário das cascas de coco seco que são utilizadas tradicionalmente para a produção de pó e fibra, o resíduo do coco verde é descartado. O material vem sendo disposto em aterros e lixões, o que vem provocando um enorme problema aos serviços municipais de coleta de lixo, em função, principalmente, do grande volume.
Paralelamente, a análise do comportamento histórico da oferta de coco verde no mercado demonstra expressivo crescimento dos plantios nos últimos cinco anos. Segundo informações do Grupo de Coco do Vale, a área plantada no país com a variedade Anão, destinada à água-de-coco, aumentou para cerca de 57 mil hectares, dos quais cerca de 33 mil encontram-se no Nordeste do Brasil. O desenvolvimento de alternativas de aproveitamento da casca de coco verde possibilita a redução da disposição de resíduos sólidos em aterros sanitários e proporciona uma nova opção de rendimento junto aos sítios de produção.