Nas indústrias, o isopor é muito utilizado para embalar desde alimentos a equipamentos eletro-eletrônicos, mas também é largamente empregado na fabricação de utilitários, na construção civil e na indústria automobilística. Gradualmente, porém, se está substituindo o produto por alternativas que impactam menos o meio ambiente, como o a bioespuma.
“No exterior, o poliestireno expandido dentro das caixas de equipamentos já é uma barreira às exportações. As empresas no Brasil já estão trocando o material para atender a essa demanda internacional”, diz a professora dra. Mara Lúcia Dantas, do Laboratório de Embalagem e Acondicionamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
A bioespuma é obtida a partir de produtos naturais renováveis, derivados de plantas e sementes como cana-de-açúcar, soja, mamona e coco. Sua grande vantagem, além de ser desenvolvida a partir de recursos renováveis, é a facilidade com que se decompõe no meio ambiente.
A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), em parceria com a empresa Kehl Polímeros, desenvolveu uma bioespuma que se decompõe em no máximo dois anos, na presença de oxigênio. Sem oxigênio, o tempo de decomposição é de três anos.
O produto está chegando ao mercado para substituir o isopor em diversas aplicações, como embalagens de produtos eletrônicos, bandejas de alimentos e substrato para a plantação de mudas na área agrícola.
Para a professora Mara Lúcia, por enquanto ainda são necessários ajustes na formulação desses produtos ecológicos. Ela exemplifica dizendo que espumas feitas de produtos naturais algumas vezes atraem roedores e insetos nos estoques das fábricas. As pesquisas nesse sentido não estão plenamente desenvolvidas, mas os resultados já apontam para caminhos mais ambientalmente responsáveis.
AUTOR: Conrado Loiola/Instituto Akatu
Ano da Publicação: | 2007 |
Fonte: | http://www.akatu.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1511&sid=88&tpl=view%5Ftipo4%2Ehtm |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |