Bioplástico ganha espaço no mercado industrial

O plástico convencional, usado por muitas empresas e presente na casa de boa parte das pessoas, provém do petróleo que vem se extinguindo das reservas naturais. Diante disso, o bioplástico surge então como alternativa mais sustentável.

Segundo a empresa alemã DW, 4% dos estoques mundiais do óleo bruto são para a fabricação do produto. Pelos menos seis quilos de CO2 são jogados no ar para cada quilograma de plástico durante o processo de produção. Em contrapartida, aos poucos o bioplástico (composto por plantas ou óleo vegetal) se consolida no mercado.

Diante da imensa procura por produtos sustentáveis, muitas empresas procuram adequar-se ao novo padrão buscado pelo consumidor e que, consequentemente, significa redução nos impactos ambientais.

O representante da Duales System GmbH, Norbert Voell, empresa que indiretamente é responsável pelo sistema de reciclagem de lixo na Alemanha, afirma que é vantagem para empresa ter uma “imagem ecológica”. Segundo ele, o cliente fica mais satisfeito.

“Evidentemente, é melhor saber que os legumes orgânicos que se compra no supermercado vêm embalados de forma ecológica do que no saco plástico convencional”, acredita Voell.

Atualmente, até as empresas que nunca tiveram preocupação ambiental estão investindo neste novo e promissor setor. Assim, quem usava produtos feitos de petróleo hoje dá preferência à prática ‘verde’.

Wal-Mart e Coca-Cola, por exemplo, já usam plásticos biodegradáveis como o poliactide, derivado de milho. A empresa petroquímica Braskem percebeu o grande negócio ao utilizar a indústria nacional de etanol canavieiro para produzir o bioplástico, sendo que o Brasil lidera mundialmente a produção de açúcar. Em 2008, inclusive, a Braskem produziu o troféu do GP Brasil com o plástico verde.

Quando fala-se em bioplástico há divergências de opiniões, entre os que o caracterizam como uma boa alternativa e aqueles que questionam se o produto não irá contribuir para o aumento do desmatamento ou cessar rapidamente as plantações, como aconteceu no sul da Ásia, onde diversas áreas florestais foram devastadas e no lugar plantaram lavouras de palmas para a produção de óleo de dendê.

Para evitar que situações deste tipo ocorram no Brasil vários projetos estão em andamento. Uma parceira entre Brasil e Alemanha, no Senai Climatec de Salvador (BA) aponta uma das soluções: produzir plástico a partir dos restos da cana-de-açúcar, descartados pelas fábricas de etanol da região. Desta forma, os bagaços não são queimados e, consequentemente, não emite dióxido de carbono na atmosfera.

Por consciência ecológica ou por exigência do mercado, a indústria em geral busca alternativas sustentáveis. No entanto, o mercado global de plástico ainda é majoritariamente tradicional, com menos de 1% de sua produção vinda de uma origem “ecológica”.

O processo de produção do biosplástico gasta menos energia, porém tem um custo maior. Por enquanto, espera-se que as pesquisas apurem o grau de benefício para o meio ambiente, considerando todos os pormenores da produção. Com informações do portal DW-WORLD.DE.

Ano da Publicação: 2011
Fonte: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2591/bioplastico_ganha_espaco_no_mercado_industrial/
Link/URL: http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/2591/bioplastico_ganha_espaco_no_mercado_industrial/
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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