O dia 13 de abril de 2005 marcou a partida de uma importante contribuição do Brasil para o desenvolvimento tecnológico, o meio ambiente e a geração de emprego e renda. As empresas Klabin, Tetra Pak, Alcoa e TSL Ambiental inauguraram, em Piracicaba (SP), uma nova planta de reciclagem de embalagens cartonadas que utiliza tecnologia de Plasma para separação total do alumínio e do plástico.
Esse processo revoluciona o modelo atual de reciclagem das caixinhas longa vida que até então separava o papel, mas mantinha o plástico e o alumínio unidos. O embrião do projeto de Plasma nasceu no Brasil há cerca de sete anos com uma parceria entre o Grupo de Plasma do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Universidade
de São Paulo, e a Tetra Pak.
Para a construção da planta – que é operacionalizada pela TSL Ambiental – foram investidos cerca de R$ 12 milhões, compartilhados entre as quatro empresas. O processo consiste em aplicar energia elétrica para produzir um jato de plasma a 15.000ºC que aquece a mistura de plástico e alumínio. O plástico é, então, transformado em composto parafínico e o alumínio é totalmente recuperado na forma de
lingotes de alta pureza.
A emissão de poluentes na recuperação dos materiais é próxima a zero e o processo apresenta eficiência energética de cerca de 90%.
A Klabin possui uma fábrica para reciclar a camada de papel das embalagens cartonadas vizinha à planta de Plasma e é a responsável pelo fornecimento do alumínio com o plástico. Há capacidade para processar 8 mil toneladas por ano desse material – o que equivale à reciclagem de 32 mil toneladas de embalagens longa vida. O lingote será encaminhado para a Alcoa – fornecedora da folha fina de alumínio – e será direcionado para a produção de uma nova caixinha. Já a parafina será comercializada para a indústria petroquímica nacional e poderá ter várias utilidades como a fabricação de detergentes.
Ano da Publicação: | 2005 |
Fonte: | www.cempre.org.br |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |