BREVE APANHADO DE PRODUTOS “ORGANO-CLORADOS” MAIS ARRASADORES E DISPERSOS NO AMBIENTE DE TODO O PLANETA

“PCB’s (policlorados bifenilos) – 1929/30 : Um grupo de elite de cientistas norte-americanos sintetiza dezenas de milhares de agentes químicos novos que não existiam na natureza. Seu primeiro grande sucesso foi uma mistura composta teoricamente de 209 substâncias químicas congêneres conhecida pelo nome técnico de Policlorados Bifenilos e pela sigla PCB’s. Em 1935 este produto passa a ser da Cia.Química Monsanto. Sua utilização foi basicamente como fluídos não-inflamáveis em transformadores elétricos por sua baixa condutividade elétrica . 1935/36 : Aparecem os primeiros efeitos tóxicos em trabalhadores.



Pela primeira vez constata-se a presença de um contaminador misterioso em espécies silvestres. 1957/1971 : as Cias.de papel colocaram nos papéis para cópia esta substância para dispensar o uso do papel-carbono. 1964/66 : Sören Jensen, químico escandinavo reconhece os PCB’s como um contaminador universal. 1973 : a primeira atitude em direção ao banimento estaria provavelmente ligada à recomendação da OECD (Organisation for Economic Co-operation and Development/Organização para a Co-operação Econômica e de Desenvolvimento). Seus membros representando 24 (vinte quatro) países signatários restringiram a fabricação, a venda, a importação, a exportação e o uso dos PCB’s assim como estabeleceram um sistema de rotulagem para estes compostos. No Brasil é mais conhecido pelo seu nome comercial ASCAREL.



1997 : população da favela Naval no Rio de Janeiro invade um depósito abandonado do Metrô e furando um transformador de grande dimensão roubam o “óleo mineral” (leia-se ASCAREL) e utilizaram para fritar alimentos, como óleo bronzeador, como óleo de limpeza e para outros empregos domésticos. 1999 : 80 toneladas de ASCAREL são transportados do RS e originários de transformadores sucateados para serem incinerados no Rio de Janeiro. As 20 restantes ainda estão nos transformadores das usinas de Jacuí, Passo Real e de Itaúba.



Hoje no mundo este produto está totalmente banido. Em transformadores emprega-se outro óleo mineral extraído do petróleo e estaria sendo aprovado pelos países do primeiro mundo e no Brasil, está sendo regulamentado pela Assoc. Bras. de Normas Técnicas.



DIOXINA – é considerada a substância mais tóxica jamais produzida pelo homem. Atua em níveis baixíssimos nunca antes concebidos. Seus efeitos aparecem em unidade de medida menores do que um micrograma (seis zeros depois da vírgula) como o nanograma (nove zeros depois da vírgula, ou seja, partes por trilhão), o picograma (doze zeros depois da vírgula) e mesmo o fentograma (l5 zeros depois da vírgula).



Desde a década de trinta e quarenta contatou-se que na elaboração dos precursores do lindano – veneno organo-clorado utilizado até hoje no Brasil em sabonete para crianças (piolhos) e cachorros (pulgas) – apareciam impurezas que causavam lesões nos trabalhadores e nos usuários. Entre as décadas de quarenta, cinqüenta e sessenta os pesquisadores e as direções de firmas como a alemã Boehringer, a norte-americana Dow Chemical e mais outras cinco indústrias químicas dos dois países, conseguem detectar, conhecer, reconhecer e saber ser um veneno fulminante.



Contornam, com mudanças na técnica de produção, os efeitos negativos visíveis desta substância. Passa a ser largamente empregada na agricultura. Na década de setenta (76) aparece com grande alarde no dito primeiro mundo. Seu destaque acontece no norte da Itália, na cidade de Seveso, quando explodiu uma caldeira de uma subsidiária da fábrica suíça Hoffmann-La Roche. Todas as mulheres foram autorizadas pelo Papa a abortarem, matou mais de 50 mil animais e toda a área central da cidade foi desmanchada e seu escombros incinerados no Pacífico Sul. No Brasil nos dias de hoje não existem laboratórios qualificados com instrumental apropriado para análise deste veneno.



Só há um da Petrobrás que foi instalado entre 98 e 99. Foi empregado como insumo agrícola a partir do final d

Ano da Publicação: 2007
Fonte: http://www.nossofuturoroubado.com.br/organo.htm
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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