Nos últimos dez anos tem havido um aumento contínuo do número de projetos que envolvem a presença de algum tipo de disposição de resíduos contaminantes no solo o que tem levado a mudanças nas técnicas de investigação e caracterização. Para instalação de áreas de disposição de resíduos é necessária a realização de estudos detalhados das características do meio físico, principalmente relacionadas à capacidade dos materiais em atenuar a carga de contaminantes e isolá-la de possíveis aqüíferos, bem como das águas de uma maneira geral. Para tanto é necessário conhecer os materiais geológicos e suas características geotécnicas, hidrogeológicas e físico-químicas, assim como seus arranjos espaciais. Uma ferramenta que tem utilização crescente para essa finalidade é a geofísica, principalmente os métodos elétricos, em especial a eletrorresistividade. Neste artigo apresentam-se e discutem-se resultados de estudos realizados no antigo depósito de resíduos sólidos urbanos e no aterro sanitário em atividade da Cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. No primeiro local foram dispostos inadequademente resíduos urbanos em área de ocorrência de solos arenosos permeáveis e arenitos da Formação Botucatu. O atual aterro sanitário está instalado em área de solo argiloso originado de basaltos e opera de acordo com normas técnicas estabelecidas para esse tipo de empreendimento. Os ensaios realizados foram sondagens e caminhamentos elétricos. Os resultados mostram que a aplicação dessas duas técnicas permite estudar o volume de resíduos, o fluxo das águas subsuperficiais e avaliar o nível de alteração causado pelos líquidos percolados no meio ambiente.
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