Enquanto no Brasil ainda temos mobilizar manifestos on-line para incluir os eletro-eletrônicos na categoria de resíduo especial de logística reversa obrigatória na Política Nacional de Resíduos Sólidos, no Chile um Sistema de Gestão de Resíduos Eletrônicos está sendo construido numa mesa de discussão entre o Conselho Nacional do Meio Ambiente, a Plataforma LatinoAmericana de Resíduos Eletrônicos e a Indústria Eletro-Eletrônica. E por que isso significa um avanço? Por que uma Política Pública construída a partir da discussão dos principais interessados terá um desenho mais eficiente e melhor aceitação e empenho da sociedade como um todo. Em um tema tão complexo como o dos resíduos eletrônicos, do qual estão diretamente ligados ao menos dois tipos de indústria: a produtora de eletrônicos e as recicladoras, além das fabricantes de peças e componenetes, importadoras e distribuidoras, ainda temos os sucateiros, as cooperativas de reciclagem, os projetos e programas de reapropriação tecnológica e reuso de computadores, sem contar as inúmeras esferas do poder público e os coletivos e grupos de pesquisa, ufa!! Enquanto isso, no Brasil, o consumo de eletrônicos aumenta, o descarte continua ainda incerto, sem política pública eficiente, sem uma estrutura de triagem e reciclagem que possa dar conta de todo o mercado atual. Avançamos, mas estamos muito atrasados ainda.