Mais de 9.000 pedaços de destroços espaciais orbitam a Terra, um perigo que só tende a piorar nos próximos anos, de acordo com cientistas da Nasa. E não existe um método econômico e funcional de limpar a bagunça. Os pedaços de lixo espacial de 10 centímetros ou mais totalizam 5.000 toneladas, de acordo com relatório que será publicado na edição desta sexta-feira da revista Science.
Mesmo se todos os lançamentos ao espaço fossem interrompidos agora – e não serão – a coleção de destroços continuaria a aumentar, na medida em que objetos em órbita colidem uns com os outros e se quebram em fragmentos ainda menores, disse um dos autores do trabalho, J.C. Liou, em entrevista à agência Associated Press.
"Mas não queremos dizer que o céu esteja caindo", disse ele. "Só que é preciso entender os riscos".
A área mais lotada de fragmentos encontra-se entre 885 km e 1005 km de altitude, disse Liou, explicando que isso representa um risco menor para os vôos espaciais tripulados. A Estação Espacial Internacional orbita a 402 km, e o alcance do ônibus espacial não supera os 603 km. Mas o depósito de lixo orbital poderá representar um perigo para vôos comerciais e científicos.
Boa parte dos destroços são produto da explosão de satélites, principalmente estágios superiores deixados em órbita contendo combustível ou líquidos sob pressão.
Ano da Publicação: | 2008 |
Fonte: | http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20060120-070240.inc |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |