No presente trabalho é mostrada uma nova proposta de finalização de resíduos poliméricos, provenientes de sistemas de pintura, processos de manufaturas da indústria metal-mecânica, calçadista, têxtil e automotiva. Ênfase será dada à viabilidade econômica da pirolise frente ao tratamento tradicional de co-processamento e aterro industrial. Os produtos gerados no processo pirolítico, tais como os gases, líquidos e sólidos, são utilizados para promover o aquecimento e provocar o craqueamento térmico. Por outro lado, a fase líquida é rica em compostos combustíveis e substâncias normalmente encontradas em solventes industriais. Na parte sólida encontramos principalmente compostos inorgânicos, responsáveis pela cor, resistência mecânica e carga dos resíduos, que podem ser trabalhados no sentido de retornar novamente ao processo produtivo. De maneira geral, encontramos na massa total de material degradado pelo efeito da temperatura as seguintes proporções: 50% de gases combustíveis, 45% de óleos tipo E (conforme ANP), constituídos de solventes aromáticos, acetonas e ésteres, entre outros de natureza alifática, e somente 2 a 3 % de resíduos classificados como minerais, tais como, chumbo, cromo, titânio, ferro, silício, manganês, zinco, antimônio e cálcio.
Além de ser mostrado o panorama favorável à aplicação da pirolise na finalização de Resíduos Poliméricos, pretende-se buscar subsídios técnicos para justificar, junto aos órgãos ambientais, a viabilidade deste processo com risco zero, ecologicamente correto e principalmente um mecanismo para reduzir em 95% o volume dos resíduos da Classe I (Munis, 2004) e, por outro lado, agregar valor aos mesmos e atender os procedimentos NBR 14.000.