No Brasil, os índices de desperdício são assustadores, contrapondo-se à miséria de parte da população que
tem como única fonte de sobrevivência a catação de materiais do lixo. Nesse contexto, o projeto de coleta
seletiva de Belo Horizonte vem buscando, desde 1993, uma mudança de comportamento da população na
geração e no trato com o lixo, principalmente em relação ao desperdício inerente à sociedade de consumo.
Atua assim junto às causas do problema, não se constituindo em um mero sistema de separação e de
coleta diferenciada. Trata-se de um instrumento concreto de incentivo à redução, reutilização e separação
dos materiais para a reciclagem, feita prioritariamente em parceria com os catadores de papel. Esse
processo vem sendo desencadeado junto a espaços multiplicadores, destacando-se escolas, igrejas e
instituições públicas e privadas, com treinamentos e atividades lúdicas que informam e sensibilizam para
as questões ambientais relativas ao lixo e em especial para o fato de que o problema do lixo só pode ser
minimizado se alterarmos a nossa postura como consumidores. Com reflexos positivos para a limpeza da
cidade, a implantação da coleta seletiva vem viabilizando retorno social e econômico para a população
carente de Belo Horzonte. Várias medidas de redução do lixo vêm sendo implementadas pelas escolas e
outras instituições e os recicláveis – papel, metal, vidro e plástico – têm sido levados pela população até os
Locais de Entrega voluntária – LEVs, equipamentos instalados pela SLU.
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