COMPOSTO ORGÂNICO

Composto Urbano – O mercado para reciclagem

Composto Urbano é a denominação que se dá para um processo de transformação de resíduos sólidos orgânicos não perigosos – restos vegetais e animais – em um adubo bom e barato. Os resíduos urbanos, ou sejam, os restos de cozinha (vegetais e animais), de podas de jardim e de quintais, classificados como lixo domiciliar, dão por decomposição efetuada por microorganismos encontrados nesses mesmos materiais orgânicos, dois novos e importantes componentes: sais minerais contendo nutrientes para as raízes das plantas e húmus, material de coloração escura, melhorador e condicionador do solo.

O composto é um fertilizante bom, pelas suas excelentes qualidades, melhorando as propriedades físicas, químicas e bioquímicas do solo. É barato por ser produzido a partir de matéria-prima praticamente sem valor, descartada como lixo. Pelo fato de se produzir composto com resíduos de baixo ou nenhum valor econômico, pode-se adubar as plantas com doses consideradas elevadas.

Quanto é reciclado?

Aproximadamente 1.5% do lixo sólido orgânico urbano gerado no Brasil é reciclado (“compostado”).

VALOR

O composto tem em média 2,5% da soma dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio – NPK. Assim, aplicando-se dez toneladas por hectare, doze vezes maior que a recomendada para um fertilizante mineral, se estará levando para a planta, 250 kg de NPK, mesma quantidade de nutrientes essenciais encontrada no adubo “químico”, cujo preço é de R$350 a R$500 a tonelada.

Conhecendo o material

Para compostagem, transformação dos resíduos sólidos orgânicos em um fertilizante denominado composto, podem ser utilizados o lixo domiciliar e o de limpeza em logradouros públicos.

Qual o peso desses resíduos no lixo?

No Brasil, esses componentes orgânicos somam cerca de 65% do peso do lixo coletado. Nos Estados Unidos representa 21% , Índia 68% e Inglaterra 28%.

As variações são as seguintes: quanto mais desenvolvido o país ou mais alta é a classe social, menor é a proporção de resíduos orgânicos compostáveis e, maior a de recicláveis (papel, papelão, vidro, metais e plásticos).

Sua história

O uso de resíduos orgânicos como adubo para as plantas se perde no tempo.
Já no ano 43 da era Cristã, o filósofo Virgílio relatava em seu livro “As Geórgicas”, como restos de culturas e estercos animais amontoados se transformavam em material para ser aplicado nas terras de cultura e aumentar as colheitas. na China e na Índia, a compostagem é uma
prática “agro-sanitária”milenar.

E as limitações ?

Para a produção de um composto de lixo com aspecto atraente, convidativo, para o agricultor comprá-lo e aplicar em suas lavouras, é importante evitar a presença de partículas grosseiras, de cacos de vidro, de louça, pedaços de plástico, pedrinhas e outros contaminantes que podem ser removidos com uma boa catação e um peneiramento final do produto acabado. Fala-se que o lixo pode conter metais pesados, tóxicos para as plantas e para quem delas se alimentar. Os metais pesados são encontrados com frequência em materiais coloridos presentes no lixo urbano, tais como revistas, etiquetas, borrachas, plásticos, tecidos, entre outros. Adotando-se o sistema de descarte seletivo domiciliar em lixo sêco e lixo úmido, neste último recipiente estão incluídos os restos de cozinha, não será detectada quantidade significativa de metais pesados.

ESPECIFICAÇÕES DO COMPOSTO:

A legislação brasileira determina que o fertilizante orgânico composto para ser comercializado deve apresentar as seguintes garantias: matéria orgânica: mínimo de 40%; índice pH: mínimo 6,0; teor de nitrogênio: 1,0% e relação carbono/nitrogênio: 18/1; não deve conter patogênicos e metais pesados acima dos limites toleráveis.

É importante saber…

REDUÇÃO NA FONTE DE GERAÇÃO

Existem várias maneiras de se promover a redução do desperdício, com a diminuição da geração de resíduos orgânicos, seja em restaurantes, indústrias ou mesmo domicílios. Em todos os casos vale a criatividade e o esforço em educar.

ATERRO

No aterro, o caldo, também conhecido por chorume, que resulta do processo de degradação natural do lixo, se não for corretamente tratado, irá contaminar o lençol freático e os cursos d’água das proximidades.

INCINERAÇÃO

Não é indicada a incineração de resíduos orgânicos domiciliares, uma vez que estes possuem baixíssimo poder calorífico, com altas concentrações de água.

O ciclo da reciclagem

VOLTANDO ÀS ORIGENS

Através da formação de pilhas/leiras, o composto é produzido a partir da degradação biológica da matéria orgânica em presença de oxigênio do ar. Os produtos gerados no processo de decomposição são: composto, gás carbônico, calor e água. A transformação da matéria orgânica em gás carbônico e vapor de água reduz o peso e o volume da pilha de material que está sendo compostado. Preparar o composto de forma correta significa proporcionar aos microorganismos responsáveis pela degradação, condições favoráveis de desenvolvimento e reprodução, ou seja, a pilha de composto deve possuir resíduos orgânicos, umidade e oxigênio em proporções adequadas.

Saiba mais sobre compostagem. fonte: www.ambientebrasil.com.br

Compostagem caseira

Para fazer uma composteira aproveitando os detritos da cozinha, pode-se utilizar um balde com tampa para juntar restos de comida, cascas de frutas e de legumes, pó de café e demais resíduos orgânicos produzidos na cozinha

Segundo o técnico agrícola e consultor da Faculdade Cantareira, Marcos Victorino, para fazer uma composteira visando ao aproveitando os detritos da cozinha, pode-se utilizar um balde com tampa para juntar restos de comida, cascas de frutas e de legumes, pó de café e demais resíduos orgânicos produzidos na cozinha, tomando cuidado para não deixar acumular por mais de uma semana, pois poderá provocar mau cheiro. “Se houver papel disponível, intercale no balde com os detritos da cozinha, pois ele será útil, absorvendo o excesso de umidade”, ensina. “Não se deve utilizar o lixo do banheiro”, avisa.

Para montar a composteira, é só intercalar camadas de folhas ou capim com uma camada de detritos de cozinha armazenados no balde. Segundo Victorino, deve-se colocar um pouco de cal em cima dos restos de comida para evitar a proliferação de ratos. Crie camadas superpostas, até que o monte atinja uma altura máxima de 1 metro, observa, e, se houver disponibilidade de esterco de animais, forme camadas adicionais com ele, o que irá melhorar muito a qualidade do produto final.

Sobras de leite e o sangue retirado da limpeza das carnes também podem ser aproveitados, diluídos com mais água e regando a composteira. “O objetivo é favorecer a atividade microbiana, acelerando o processo”, diz.

Depois de montado o composto, deixe-o descansar, revirando-o uma vez por mês até completar 90 dias, cuidando de repor a umidade sempre que necessário.

fonte: Inews – www.inews.inf.br

Ano da Publicação: 2011
Fonte: http://www.sucatas.com/compostoorganico.html
Link/URL: http://www.sucatas.com/compostoorganico.html
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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