A Gestão de resíduos constitui um grande desafio em quase todas as comunidades, dada a heterogeneidade dos resíduos sólidos e ao seu exponencial crescimento. No entanto, nos países em desenvolvimento, o problema torna-se ainda mais agudo devido a razões culturais e econômicas, como é o caso da maioria dos países da África. O problema é mais grave quando se trata de mega-cidades, como Luanda, capital de Angola, cuja população cresceu muito nas últimas décadas devido à guerra civil e que tornou a cidade o refúgio de segurança para os milhares de angolanos de várias partes do país, fugindo desta guerra. Esta população estabeleceu-se principalmente na faixa suburbana da capital e causou pressão sobre o ambiente.
Estima-se que Luanda tenha uma população entre 4,5 e 5 milhões de habitantes, o que representa cerca de 24% da população do país. A cidade urbana foi projetada na época colonial para uma população de 750 000 habitantes, apresenta hoje problemas de saneamento muito sérios, com esgoto correndo pela rua nas áreas suburbanas e em que os resíduos sólidos fazem parte do dia-a-dia da população. Esta perspectiva é partilhada pela população de muitas outras cidades, devido à produção exponencial de resíduos e poucas soluções oferecidas. A maioria dos resíduos são depositados em lixeiras (lixões), perto de cursos d‘água e em áreas residenciais, agravando problemas de saúde pública
Emerge, portanto, um setor com grandes potencialidades para o estabelecimento de soluções técnicas robustas e acessíveis para a grande maioria da população de cidades como Luanda e outras cidades Africanas, especialmente para as pessoas que vivem nas periferias urbanas.
No passado recente, a gestão de resíduos sólidos e saneamento não era uma prioridade política. Mas, hoje em dia a visão geral desses problemas é diferente e se tornou uma prioridade política para o governo, não só em Angola, mas em outros países Africanos. Centenas de milhões de dólares são anunciados para implementar programas de resíduos sólidos por parte do governo angolano.
Por estas razões, acreditamos que uma conferência internacional como esta, pode apresentar soluções para a gestão adequada dos resíduos, desde soluções mais simples às mais complexas e sofisticadas, em função das características de cada contexto técnico, económico e cultural. Na verdade, uma audiência de especialistas e decisores, que irão participar ativamente da conferência, irá promover a troca interessante de experiências e discussão técnica.
Não deixe de participar nesta conferência com a chancela da ISWA e estabelecer importantes contactos com técnicos e decisores africanos para as soluções no domínio dos resíduos sólidos e da preservação do ambiente e dos recursos naturais.
Data: | 25 de junho de 2012 |
Início: | 1 de junho de 2012 |
País: | Angola |
Cidade: | Lobito |
Informações para Contato: | |
Link: | http://www.africawastecongress2012.org |