O presente trabalho teve como objetivo diagnosticar o atual panorama do gerenciamento de óleos lubrificantes e das embalagens usadas pelas oficinas mecânicas do município de Laranjal do Jari, Estado do Amapá. O trabalho foi realizado nos meses de março a abril do corrente ano. A pesquisa consistiu na aplicação de questionários para os proprietários ou representantes das oficinas mecânicas de automóveis e motocicletas que realizam troca de óleo, como também foi aplicado um questionário para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo – SEMATUR do município. A quantidade e destinos de óleos lubrificantes usados e de suas embalagens foi algumas das perguntas aplicadas, assim como se os empreendimentos possuíam licença ambiental para funcionar, se já foram fiscalizadas por algum órgão de controle ambiental. Constatou-se que no município há pouco mais de 20 oficinas mecânicas, sendo que mais de 80% realizam troca de óleo. São gerados em média 530 l/semana de óleos lubrificantes, que após o seu uso, boa parte é vendido para ser usado na lubrificação de correntes de motosserras. É importante frisar que conforme Resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005, que dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante usado ou contaminado, estabelece em seu Art. 3° que todo o óleo lubrificante usado ou contaminado coletado deverá ser destinado à reciclagem por meio do processo de re-refino. Porém, paradoxalmente não há na Amazônia nenhuma unidade de reciclagem destes tipos de óleos lubrificantes o que inviabiliza tal procedimento. Portanto, é imprescindível que o poder público junto com a sociedade debata de forma coesa para propor soluções no que diz respeito ao gerenciamento dos aspectos e impactos ambientais desta atividade que possui significativo potencial de poluição.