Descontaminação de Lâmpadas Fluorescentes

Os países desenvolvidos incluem, na lista de resíduos nocivos ao meio-ambiente, as lâmpadas fluorescentes usadas; pois elas contêm substâncias químicas que afectam o ser humano, tais como o mercúrio metálico, metal pesado que, uma vez ingerido ou inalado, causa efeitos desastrosos no sistema nervoso. Uma vez descartadas terão efeito sensível sobre os locais onde são dispostas, contaminando o solo e os cursos de água e chegando mesmo à cadeia alimentar.

Enquanto intacta a lâmpada não oferece risco. No entanto, ao ser rompida libertará vapor de mercúrio (cerca de 20mg), podendo ficar neste estado por um período de tempo variável, em função da temperatura, e que se pode estender por várias semanas, e poderá ser aspirado por quem a manuseia ou até mesmo por outros. A contaminação do organismo dá-se principalmente através dos pulmões.



Além das lâmpadas fluorescentes, também contêm mercúrio, as lâmpadas de vapor de mercúrio, propriamente ditas, as de vapor de sódio e as de luz mista. A Organização Mundial de Saúde estabelece como limite de tolerância biológica para o ser humano, a taxa de 33 microgramas de mercúrio por grama de creatinina urinária e 0,04 miligramas por metro cúbico de ar no ambiente de trabalho.

O mercúrio extraído das lâmpadas, uma vez purificado e sob a forma de metal, é encaminhado para empresas que o utilizam nos seus processos ou produtos, tais como as fabricantes das próprias lâmpadas.

O conceito adoptado de recuperar e reciclar todos os materiais que constituem a lâmpada, em vez de simplesmente descartá-los, é muito importante, pois protege os aterros, evitando a formação de passivos.





Armazenamento



É recomendável que as lâmpadas a descartar sejam armazenadas em local seco, nas próprias caixas de embalagem original, protegidas contra eventuais choques que possam provocar a sua ruptura. Essas caixas devem ser identificadas para não serem confundidas com caixas de lâmpadas novas. Em nenhuma hipótese as lâmpadas devem ser quebradas para serem armazenadas, pois essa operação é de risco para o operador e acarreta a contaminação do local. Também não se deve dobrar ou quebrar os pinos de contacto eléctrico, para identificar as lâmpadas fluorescentes estragadas, pois os orifícios resultantes nas extremidades da lâmpada permitem o vazamento do mercúrio para o ambiente.

No contacto com lâmpadas quebradas, é necessário o uso de avental, luvas e botas plásticas. Quando houver quebra acidental de uma lâmpada o local deve ser bem limpo por aspiração. Os cacos devem ser colectados de forma a não ferir quem os manipula e colocados em embalagem estanque, com possibilidade de ser lacrada, a fim de evitar a contínua evaporação do mercúrio liberado.

As lâmpadas que se quebrem acidentalmente deverão ser separadas das demais e acondicionadas em recipiente hermético como, por exemplo, um tambor de aço com tampa em boas condições que possibilite a vedação adequada. As lâmpadas inteiras, depois de acondicionadas nas respectivas caixas, podem ser armazenadas em contentores metálicos, desenvolvidos especialmente para esse fim. Tais contentores, fabricados para os diversos tamanhos padronizados de lâmpadas fluorescentes, eliminam quase por completo o risco de ruptura no transporte e dispõem internamente de um filtro de carvão activado capaz de reter eventuais emanações de mercúrio das lâmpadas que se quebrem durante o transporte.


Ano da Publicação: 2008
Fonte: http://www.centrovegetariano.org/Article-298-Descontamina%25E7%25E3o%2Bde%2BL%25E2mpadas%2BFluorescentes.html
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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