Emb. Longa Vida: Reciclar Tetra Pak virou bom negócio

Com a tecnologia plasma, plástico é separado de alumínio durante o processo de reaproveitamento feito pela EET Alumínio e Parafina



A junção da estrutura simples de uma cooperativa de catadores de lixo com a mais moderna e inovadora tecnologia em reciclagem do mundo faz do respeito ao meio ambiente um excelente negócio, com sede em Piracicaba. Instalada em uma planta anexa à Klabin, a EET Alumínio e Parafina, primeira unidade recicladora de embalagens tetra pak via plasma do planeta virou atração e objeto de cobiça de organizações empresariais de todo o mundo.



As constantes visitas internacionais de representantes de indústrias e ambientalistas não permite, no entanto, a quebra de um segredo guardado “a sete chaves”. Apenas os impressionantes resultados e a primeira parte do processo –– para a separação da fibra de celulose –– são apresentados. O segredo industrial ganha ares de magia aos olhos daqueles que apenas analisam resultados e benefícios do processo, sem a pretensão necessária ou repertório suficiente para compreendê-lo tecnicamente.



A invenção dos recipientes foi anunciada como uma grande revolução na indústria de embalagens, há cerca de 50 anos, na Suíça. A partir deles surgiram os produtos longa-vida. No entanto, com o surgimento dos movimentos ambientalistas, na década de 70, passaram a ser vistos com desconfiança pelo fato juntar alumínio, papel cartonado e plástico em uma mesma embalagem. Eis aí outra magia do plasma: a tecnologia tem o potencial de reverter a imagem das caixinhas junto aos ambientalistas. Reciclar produtos Tetra Pak não é novidade. No mundo inteiro, o processo é realizado. Mas em nenhum lugar é possível fazer com que o alumínio volte a ser alumínio 99% puro. Ou que o plástico utilizado no revestimento externo seja transformado em parafina de alta qualidade, podendo ser empregado, entre outras coisas, em produtos de primeira linha da indústria de cosméticos.



O processo revoluciona o modelo atual de reciclagem das embalagens longa vida, que até então separava o papel, mas mantinha o plástico e o alumínio unidos. No último dia 17 de setembro, o jornalista ambiental Adalberto Woldianer Marcondes, um dos pioneiros do jornalismo ambiental no Brasil, organizou a visita de uma comitiva de jornalistas vindos de diversas partes do Estado de São Paulo para conhecer a tecnologia do plasma. O Jornal de Piracicaba participou.



Marcondes mostrou-se empolgado com o potencial econômico para as corporações envolvidas, bem como aos catadores das cooperativas. Raciocínio que encontra respaldo nas declarações do diretor de meio ambiente da Tetra Pak, Fernando Von Zuben. “A nova planta é um marco no ciclo de reciclagem das embalagens longa vida. É um efeito cascata: a embalagem passa a valer mais para o reciclador e automaticamente também para o catador, que irá buscar mais e mais embalagens”, disse.



Setor Reciclagem



fonte: Jornal de Piracicaba – www.jpjornal.com.br

Ano da Publicação: 2008
Fonte: http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=504
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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