A necessidade de sobrevivência do homem primitivo o obrigou a criar as primeiras embalagens da humanidade. Conchas marinhas, cascas de castanhas ou de coco devem ter sido as primeiras embalagens utilizadas para beber e estocar. Usados em estado natural, sem qualquer beneficiamento, os primeiros recipientes passaram, com o tempo, a ser fabricados a partir da habilidade manual do homem. Assim, surgiram tigelas de madeira, bolsas de pele, potes de barro e cestas de fibras naturais.
A preocupação em conservar alimentos fica mais aguda em períodos de forte escassez. Na Europa, durante a Segunda Grande Guerra, o problema de abastecimento de leite foi minimizado quando o empresário sueco Ruben Rausing desenvolveu uma embalagem tetraédrica (Figura 1), empregando papel e plástico, selada na ausência de oxigênio (Tetra Pak, 2006a). Era o começo da embalagem cartonada longa vida. Durante os anos 1950, com o aprimoramento do envase asséptico e buscando resolver também os problemas de estocagem, a embalagem cartonada ganhou o formato de um paralelepípedo. Em 1961, iniciou-se o uso comercial das embalagens longa vida, as quais chegaram ao Brasil no início dos anos 1970.