A inserção de sucata metálica na produção foi um dos trunfos da metalúrgica Mextra para reduzir custos e conquistar a liderança do mercado nacional de pastilhas. Outras empresas da região seguem o mesmo caminho.
Na fundição Tupy, de Mauá, 80% da matéria-prima para a produção de bloco de motor, tambor de freio e coletor de escape são resultantes da reciclagem de aço. Mensalmente, a empresa consome 8 mil toneladas de sucata de aço e 1,5 mil tonelada de ferro gusa (minério em estado primário) para fabricar produtos destinados à exportação e à indústria automotiva.
“Adquirimos o material de sucateiros e outra parte vem das sobras de produção dos nossos principais clientes, como Mercedes, Ford e Volks”, explica Dalton Massaine, diretor de Suprimentos e Logística da Tupy.
Segundo o Sindinesfa (Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não-Ferrosa do Estado de São Paulo) – representante dos sucateiros -, o país beneficia mensalmente 580 mil toneladas de sucata metálica para fundição e usinagem. A tonelada é vendida em média a R$ 180.
Para produzir insumos para indústrias como a Mextra e a Tupy, o Brasil conta com 1,5 milhão de catadores, que têm rendimento médio mensal entre um e dois salários mínimos. Em São Bernardo, a Associação Refazendo tem 37 catadores cooperados e recolhe, mensalmente, 40 toneladas de sucata. “A gente tem parceria para coletar em condomínios e empresas”, conta a cooperada Francisca Maria Araújo. Na região, os sucateiros pagam aos catadores R$ 3 por quilo de lata de alumínio e R$ 0,19 por sucata ferrosa.
Fonte: Diário do Grande ABC – SP
Ano da Publicação: | 2005 |
Fonte: | www.reciclaveis.com.br |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |