A disposição final do lixo é um dos graves problemas ambientais enfrentados pelos grandes centros urbanos, particularmente no Brasil onde o uso de "lixões" ainda é muito comum. A emissão descontrolada do biogás produzido na decomposição anaeróbia da matéria orgânica pode ser uma ameaça ao ambiente local causando danos à vegetação, gerando odores desagradáveis, oferecendo ainda riscos de explosão em concentrações entre 5 e 15% no ar. O biogás pode ser também um problema global pois é formado por cerca de 50% de metano que é um gás causador do efeito estufa. O uso do biogás produzido nos aterros pode promover vários benefícios para os governos locais, estimulando a adoção de práticas de engenharia que maximizam a geração e a coleta do biogás, também reduzindo os riscos de contaminação do meio ambiente. Neste estudo desenvolveram-se testes no aterro sanitário Delta na cidade de Campinas, onde foram realizadas análises da composição e medições de vazão do biogás emitido no local para avaliar o potencial de geração de energia elétrica utilizando o biogás como combustível. Também foi calculada a partir dos resultados obtidos em campo, a produção futura para o aterro, com a adoção de uma metodologia teórica presente na literatura. Concluiu-se que o aterro atingirá seu potencial máximo (4 MW) um ano após o seu fechamento que deve ocorrer em junho de 2006. A produção de biogás tende a diminuir exponencialmente até o final do consumo da matéria orgânica.
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