O mercado de embalagens biodegradáveis apresenta crescimento considerável no Brasil. O uso de sacolas de plástico que se decompõem com rapidez na natureza ganha cada vez mais adeptos. O motivo para tal crescimento tem explicação: estudos e testes científicos que comprovam a eficiência das tecnologias e o apelo para produtos sustentáveis.
Entre essas tecnologias destaca-se a inglesa d2w, aditivo que tem a função de quebrar as moléculas do plástico convencional, reduzindo drasticamente o tempo de permanência da embalagem na natureza, sem causar qualquer impacto no ecossistema. Para comprovar a eficácia desse produto, a Res Brasil (de Valinhos, São Paulo, dedicada ao desenvolvimento de tecnologias em embalagens naturalmente degradáveis e única empresa a comercializar o aditivo no país) encomendou uma série de estudos e testes, que foram realizados por institutos de pesquisa, laboratórios, instituições ambientais, universidades e organizações nacionais e internacionais, entre elas a Unicamp, a Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) e a Ecosigma.
Entre os testes estão o de compostabilidade (que comprova que os plásticos d2w não prejudicam a qualidade do composto orgânico) e ecotoxidade (teste feito com plantas, microorganismos e minhocas). Em todos os testes, o d2w foi aprovado. O Brasil está entre os mais de 60 países que usam essa tecnologia e três Estados já adotaram o uso obrigatório de sacolas plásticas biodegradáveis como lei: Maranhão, Espírito Santo e Goiás.
Mais de 170 indústrias do setor já utilizam o d2w no processo de fabricação. Segundo o presidente da Res Brasil, Eduardo Van Roost, o consumo maior do “plástico amigo” se concentra no varejo (supermercados e lojas), com 90% das vendas. “Para se ter uma idéia do quanto a tecnologia é aceita no mercado, o aumento nas vendas em 2008 foi 10 vezes maior em comparação com 2007. Esse é o reflexo da consciência socioambiental das empresas, onde todos saem ganhando”, conclui.
d2w
O d2w é um conjunto de elementos químicos, abundantes no meio ambiente, que fragilizam as moléculas do plástico, tais como o Ferro e o Manganês. As embalagens são degradadas com o auxílio do Oxigênio e, por isso, levam o nome de oxibiodegradáveis. Ele representa apenas 1% do total de materiais utilizados na produção. O aditivo mantém as mesmas características das sacolas, como brilho, resistência e leveza. Podem ser recicladas, reusadas e usadas na compostagem.
Ano da Publicação: | 2009 |
Fonte: | http://www.bolsadereciclaveis-sp.com.br/index.php?cat=noticia&id=522 |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |