Relata-se a experiência da implantação da coleta seletiva na cidade de Ilha Solteira, Estado de São Paulo, com cerca de 22.000 habitantes. A coleta iniciou-se com alguns Postos de Entrega Voluntária (PEV) instalados em escolas e entidades assistenciais, evoluindo posteriormente para coleta domiciliar abrangendo toda a cidade, com freqüência semanal. São analisados quantitativamente os resultados obtidos pelo programa, a partir da série histórica de quantidades coletadas de material reciclável. Os dados foram obtidos pela Prefeitura, que pesou o material coletado, separado em: papel, papelão, vidro, plástico, lata, ferro e alumínio, e coordenou a venda do material, retornando a renda dos PEVs às entidades participantes, o que permitiu analisar também aspectos econômicos, a partir dos valores auferidos com a venda dos materiais, diretamente a um ferro-velho. O índice de desvio de aterro foi calculado em 1,82 por ciento, existindo grande espaço para aperfeiçoamento. Considerando puramente o custo-benefício o programa de coleta seletiva é deficitário. Os custos têm que ser considerados como um investimento em educação e de ganhos indiretos, como a vida útil de aterro e redução do desperdício de recursos naturais. Neste contexto os PEVs podem assumir importante papel na racionalização do processo de coleta seletiva, principalmente os ligados a entidades assistenciais, devido à alta motivação proporcionada pela receita auferida. A partir da observação dessa experiência constatou-se a necessidade e a importância de um centro de triagem e estocagem de material, do apoio constante das prefeituras, instalação do máximo número possível de PEVs e que os aspectos de comercialização e divulgação devem merecer especial atenção
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