Apesar da pobreza de grande parte da população, o lixo brasileiro é um retrato do desperdício. No país, perde-se em média 15% da safra de grãos. Na construção civil, as perdas de materiais chegam a 33% e, nas feiras e supermercados, cerca de 30% do estoque de alimentos vai para o lixo.
Você já parou para pensar na quantidade de produtos que consumimos? Será que precisamos mesmo de todos eles? A produção de lixo cresce na mesma medida em que se aumenta o consumo. Quanto mais mercadorias adquirimos, mais recursos naturais consumimos e mais lixo geramos.
A situação é ainda mais grave nos países desenvolvidos, que são os maiores geradores de lixo, proporcionalmente ao número de habitantes. Só que neste quesito, os países em desenvolvimento não ficam muito atrás. O crescimento demográfico, a concentração da população nas grandes cidades e, em algumas regiões, a adoção de um alto padrão de vida proporcionaram uma aceleração do consumo e o conseqüente acúmulo de lixo.
Já se sabe, hoje, que se os países em desenvolvimento aderirem ao mesmo patamar de consumo de matérias-primas que os países desenvolvidos, podemos chegar, em curto intervalo de tempo, a um esgotamento dos recursos naturais e a níveis altíssimos de contaminação e geração de resíduos. Especialistas de todo o mundo têm buscado em fóruns internacionais uma solução para o consumo mundial. Já se sabe que para que os países pobres possam aumentar o seu consumo de maneira sustentável, o dos países desenvolvidos precisará diminuir. O desafio, de qualquer maneira, impõe-se a todos: consumir de forma sustentável implica poupar os recursos naturais, conter o desperdício, diminuir a geração, reutilizar e reciclar a maior quantidade possível de resíduos. Só assim conseguiremos prolongar o tempo de vida dos recursos naturais do planeta.
Ano da Publicação: | 2010 |
Fonte: | http://www.meulixo.rj.gov.br/conteudo/consumo.asp |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |