Falta difusão da coleta seletiva

Coleta seletiva. Todos conhecem ou, ao menos, já ouviram o termo, mas poucos colocam em prática o que, na teoria, só traz benefícios às pessoas e ao meio ambiente. E esses benefícios vão além da reutilização dos materiais. Entre eles estão: o aumento da vida útil dos aterros sanitários, a redução de custos com o tratamento do lixo nesses aterros, a diminuição de gastos gerais com limpeza pública, e diversas outras melhorias das condições ambientais.



No Vale do Paraíba várias situações são notadas quando o assunto é a coleta de lixo. Em Roseira — cidade com cerca de 7.000 habitantes — não há aterro e, portanto, o lixo é exposto a céu aberto. Nesses casos, não há a separação do lixo orgânico e do lixo reciclado. Todos são destinados para o mesmo local. Por essa conduta, o município paga uma multa mensal para a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) de R$ 120 mil.



Enquanto isso, a coleta e o tratamento dos resíduos em São José é tido como uma referência nacional. Todo lixo coletado por equipes da Urbam (Urbanizadora Municipal) é aterrado e seu confinamento é seguro em termos de controle de poluição.



Há caminhões específicos para a coleta do lixo reciclável que cobre 76% dos bairros da cidade. Já no aterro, o "luxo do lixo" — como é conhecido — passa pelo centro de triagem onde uma equipe faz a seleção dos resíduos.



Alguns bairros não têm a coleta seletiva feita pela Urbam porque os próprios moradores fazem o serviço de coleta", explica o diretor de operações da Urbam, Álvaro de Souza Alves. "Hoje, fazemos de 20 a 30% da coleta seletiva. Os catadores fazem o restante da coleta antes da gente", complementa.



Os bairros mais periféricos como Colonial, Campo dos Alemães, Imperial, D. Pedro 1º e 2º, Chácaras Reunidas e parte da área central são exemplos de locais que têm a coleta feita por catadores e não pelas equipes da Urbam.



Conscientização – A falta de consciência é apontada por muitos como a principal causa de não se fazer a seleção do lixo. E os erros começam nas próprias casas.



"O problema está mais ligado à falta de consciência das pessoas, pois nos deparamos com gente de níveis de escolaridade diferentes, mas que têm o mesmo hábito errado quanto à separação de lixo", diz o ambientalista Jeferson Rocha de Oliveira, que é coordenador de eventos da ONG Vale Verde.



A opinião do ambientalista é compartilhada pelo diretor de operações da Urbam. Para ele, a falta de interesse da população em separar o lixo orgânico do reciclável é o principal problema. "Apesar de o tratamento do lixo ser muito bem feito no aterro, o ideal seria se as pessoas fizessem a separação em casa", afirma Álvaro

Ano da Publicação: 2005
Fonte: www.reciclaveis.com.br
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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