Enquanto uma atividade não for rentável terá grande dificuldade em ser sustentável. Com o lixo não é diferente. No Brasil, em especial nas capitais, a população aceita pagar uma tarifa maior para a coleta domiciliar dos RSU. No entanto, em relação à disposição final, com raras exceções, as tarifas pagas pela população não permitem o tratamento adequado.
Na Europa e Japão as Prefeituras pagam às empresas que recebem os RSU cerca de R$ 250,00 ou mais por tonelada de lixo, dando destinação final adequada. No Brasil, devido a baixa renda da população, não é possível pagar valores desta magnitude, sendo comum taxas de R$ 6,00 a tonelada, o que só viabiliza lixões ou aterros remediados.
Taxas para Destinação Final (TDF) da ordem de R$40,00 a tonelada, pagas por algumas Prefeituras de São Paulo, combinadas com os créditos de carbono provenientes do metano evitado, viabilizam aterros sanitários modernos com aproveitamento energético do biogás (50% metano e 50% gás carbônico) gerado pela decomposição anaeróbica da fração orgânica do lixo, chamados aterros energéticos. Esta solução, embora melhor do que os lixões, está longe de ser a mais adequada do ponto de vista ambiental, tanto que está sendo banida sua adoção nos países da Comunidade Européia. A idéia é a contínua redução da matéria biodegradável até a proibição total por volta de 2020, sendo que paises como a Alemanha já se anteciparam e a proibição já é total desde 2005.
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