A prática da logística reversa (LR) tem sido uma ferramenta de gestão ambiental que tem atingido sucesso em diferentes áreas de gerenciamento de resíduos em vários países. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos, apesar de ainda não estar vigorando, define e reforça a prática da LR como uma alternativa eficaz para o gerenciamento de resíduos. Os metais pesados presentes nos resíduos eletroeletrônicos representam um risco ambiental, passíveis de contaminar o ambiente e, conseqüentemente, comprometer a saúde humana. Por outro lado, computadores e componentes pós-consumo, apesar de representarem uma categoria específica de resíduos eletroeletrônicos, também podem contribuir para ações como o desenvolvimento socioambiental, por meio da recuperação de materiais e equipamentos pós-consumo, bem como pela inclusão digital. Desta forma, o presente trabalho aborda a mecanismos da logística reversa de computadores e componentes por meio da prática de empresas do setor privado, bem como analisa a prática do estabelecimento de Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), enquanto uma iniciativa do governo federal. Como resultado da análise, propõe-se um sistema de logística reversa que contemple tanto a rota empresarial, quanto a rota social. Por fim, sugere-se ações compartilhadas para a eficácia de um modelo compartilhado.