São pouco conhecidos os riscos que o descarte incorreto de lâmpadas fluoresecentes pode oferecer, tanto ao meio ambiente quanto à saúde da população
Especialmente após o “Apagão” de 2001 e o conseqüente racionamento de energia, as pessoas passaram a utilizar mais as lâmpadas fluorescentes. Além de serem econômicas por terem uma longa duração, com vida útil de aproximadamente 20.000 horas e a eficiência de sua iluminação é de 3 a 6 vezes superior ao das lâmpadas comuns.
No entanto, são pouco conhecidos os riscos que o descarte incorreto desse tipo de lâmpada, especialmente no âmbito residencial e do pequeno comércio, pode oferecer tanto ao meio ambiente quanto à saúde da população.
Garantir a segurança sem abrir mão das vantagens que as lâmpadas de longa duração proporcionam requer algumas precauções. Acompanhe abaixo tudo o que você precisa saber sobre o assunto
Conhecendo as lâmpadas fluorescentes:
Há no interior das lâmpadas tubulares como nas compactas, dois eletrodos e um gás sob baixa pressão. A condução da corrente elétrica é acompanhado da emissão de radiação eletromagnética (luz, ultravioleta, raios X etc.), que se dá em função do tipo de gás que existe no interior do tubo . A parte interna do tubo de vidro é revestido de camadas de pó fluorescente. É a composição deste pó que irá determinar o fluxo luminoso produzido pela lâmpada. Fatores como a temperatura e a presença de campos magnéticos podem influenciar sua intensidade de iluminação.
O que é tóxico:
Quando se pensa em lâmpada fluorescente, logo vem à mente o mercúrio. Há diversos elementos químicos, entre outros, chumbo, alumínio, antimônio, manganês, bário, zinco, mercúrio, com diferentes graus de toxicidade. Nas lâmpadas danificadas, especialmente o pó fluorescente é contaminado pelos elementos químicos e tóxicos.
Mercúrio, metal pesado
Em relação à saúde humana, tanto a aspiração do mercúrio na forma de gás, quanto sua ingestão podem ocasionar danos irreversíveis. Ele afeta o sistema nervoso, podendo causar paralisia, perda de memória, dores de cabeça e distúrbios emocionais, além do sistema cardiovascular, inclusive levando à morte. O envenenamento provocado pela acumulação de mercúrio chama-se Mal de Minamata.
A degradação ambiental do mercúrio é muito lenta e persiste por décadas. Assim sendo, quando exposto ao ambiente, deposita-se no fundo de rios, lagoas e represas, contaminando a água e também o solo. É possível desenvolver-se o Mal de Minamata, por exemplo, pela ingestão de peixes contaminados.
O fato de o metal ser finito na Terra também desperta a preocupação com a necessidade de ele ser reutilizado, já que, além de estar presente nesse tipo de lâmpada ele serve como catalisador em processos químicos de separação de minérios.
Reciclagem: como funciona?
No Brasil, 100 milhões de lâmpadas são descartadas anualmente. A Tramppo, empresa que trabalha nesse setor desde 2004, recicla 20 mil unidades por mês, e conta com a melhor tecnologia para o serviço, de acordo com a engenheira eletrônica Elaine Menegon.
Segundo ela, o processo acontece da seguinte maneira: “separa-se as extremidades das lâmpadas, limpa-se o vidro que depois é triturado, separa-se o mercúrio do pó fosfórico”. Sua principal vantagem é que nesse processo não há necessidade de aterros. “Todos estes componentes serão reutilizados”, completa a engenheira.
Depois de separados e devidamente tratados, todos os elementos voltarão a ser utilizados como matéria-prima, “até mesmo pelos fabricantes de lâmpadas”, afirma Elaine.
Brasil x Mundo
O país que mais recicla lâmpadas fluorescentes é a Holanda. Das 24 milhões de unidades descartadas, 83,3% delas sofrem reciclagem. É um exemplo a ser seguido pelo resto do mundo.
A Suécia, que recicla a metade das lâmpadas que descarta, foi o exemplo que a Tr
Ano da Publicação: | 2008 |
Fonte: | http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=554 |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |