Componentes, fabricação, tolerância, utilização, descarte e reciclagem. Conheça um pouco mais sobre esse tipo de lâmpada
Fabricação
Componentes principais de uma lâmpada
Vidro (vidro soda e vidro sílica);
Pó de fósforo (clorofluorapatita e fosfato de ítrio vanadato);
Metais pesados (Cd, Hg e Pb);
Base (latão e alumínio);
Gases de enchimento (Ne, Ar, Kr e Xe);
Cátodos (tungstênio ou de aço inox);
Poeira emissiva (carbonatos de Ba, Sr e tungstatos de Ca e Ba).
A fabricação e importação de lâmpadas deverão atender aos seguintes limites (princípio da precaução):
até 0,01% em massa de mercúrio, quando forem dos tipos fluorescentes, fluorescentes compactas, vapor de mercúrio, vapor de sódio, mista e multivapores metálicos;
até 5,0 mg.L-1 de chumbo (limite máximo no lixiviado), quando forem dos tipos vapor de mercúrio, vapor de sódio, mista e multivapores metálicos; até 0,5 mg.L-1 de cádmio (limite máximo no lixiviado), quando forem dos tipos fluorescentes (tubular, circular e compactas);
Tolerância biológica para o ser humano: (Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional/NR-7, Anexo I, Quadro I);
Taxa de 35 µg de mercúrio por grama de creatinina urinária
Taxa de 10 mg de chumbo por grama de creatinina urinária
Utilização
O Brasil possui um consumo médio anual de quase 100 milhões de lâmpadas fluorescentes em todo pais e apenas 6% das lâmpadas descartadas passam por algum processo de reciclagem.
Descarte adequado
Uma opção para a destinação das lâmpadas é a reciclagem de seus componentes, basicamente o mercúrio, o alumínio e o vidro. Poucas empresas estão qualificadas para este processo.
Um sistema de coleta seletiva de lâmpadas se baseia em recolher as unidades queimadas e acondicioná-las nas caixas das lâmpadas novas (que substituiram as inutilizadas), armazenadas em contêineres especiais, adquirido das recicladoras. Os contêineres são, então, encaminhados para a unidade de reciclagem.
Ainda que a empresa recupere o mercúrio e encaminhe para a reciclagem os demais componentes, normalmente não compra as lâmpadas, pois a venda destes materiais ainda não custeia o processo, sendo necessário pagar pelo serviço de descontaminação das lâmpadas, com o intuito de reduzir o impacto que sua disposição no ambiente acarretaria.
Descarte inadequado
Apenas 8% dos municípios brasileiros possuem aterros licenciados para depósitos de resíduos perigosos.
A contaminação dos solos e das águas pelos metais pesados, especialmente o mercúrio, é uma agressão ao meio ambiente, além de provocar também, em alguns casos de contaminação no ser humano a aposentadoria antecipada por invalidez.
O processo errado de descarte das lâmpadas que contém metais pesados provoca efeitos toxicológicos, que prejudicam à saúde humana, entre eles encontram-se:
Hg metálico – Bronquite aguda, cefaléia, catarata, tremor, fraqueza, insuficiência renal crônica, edema pulmonar agudo, pneumonia, diminuição da libido e capacidade intelectual, parestesia (alucinações) e insegurança;
Sais inorgânicos de Hg – Cegueira, dermatite esfoliativa, gastroenterite aguda, gengivite, nefrite crônica, síndromes neurológicas e psiquiátricas diversas;
MetilHg (efeitos irreversíveis) – Dano cerebral e físico ao feto, síndromes neurológicas múltiplas com deterioração física e mental (tremores, disfunções sensoriais, irritabilidade, perdas da visão, audição e memória, convulsões e morte).
Setor Reciclagem
Referências utilizadas para o artigo (não há referência sobre as datas dos índices citados):
www.tramppo.com.br
www.pure.usp.brhttp://w>
Ano da Publicação: | 2008 |
Fonte: | http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=482 |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |