As lâmpadas fluorescentes são muito econômicas, mas antes da compra é importante observar: somente adquirir o produto com selo Procel, pois foram testadas e aprovadas pelo Inmetro.
O que muita gente ainda não sabe é que as lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares contêm mercúrio, substância tóxica nociva ao ser humano e ao meio ambiente. Se rompidas, liberam vapor de mercúrio que será aspirado por quem as manuseia. Em virtude da ampla utilização pela população que necessita diminuir as contas de eletricidade e da toxidade do material, não basta pensarmos em uma coleta diferenciada. É importantíssimo enfocarmos os cuidados no manuseio e no descarte, para não quebrá-las. Ao manusear as lâmpadas fluorescentes nunca se deve segurá-las pelo vidro. É recomendável que sejam descartadas em caixas de papelão ou protegidas com jornal, plástico bolha, entre outros, para evitar sua ruptura (como, aliás, deve ser para todo material perfurante e cortante a ser descartado). No caso das lâmpadas, devem ser vedadas para conter o vapor de mercúrio e, assim, proteger a saúde e o meio ambiente. Em caso de quebra acidental de uma lâmpada, o local deve ser limpo, os cacos coletados, de modo a não ferir quem os manipula, e colocados em caixas de papelão ou protegidos com jornal, para evitar o rompimento da embalagem que deve ser fechada, hermeticamente, em sacos plásticos, a fim de evitar contínua liberação.
Enquanto não se regulamenta a legislação que criará normas para lâmpadas com mercúrio, é recomendável que a população não misture essas lâmpadas com o lixo doméstico, pois serão rompidas fatalmente, contaminando o meio ambiente e pondo em risco a saúde dos funcionários da limpeza local ou pública, bem como a saúde dos catadores.
RECICLAGEM
O processo de reciclagem industrial de lâmpadas fluorescentes mais usado, em várias partes do mundo e no Brasil, envolve basicamente duas fases:
1ª fase: Esmagamento
As lâmpadas são quebradas em pequenos fragmentos em um moinho, quando, então, os materiais constituintes são separados em cinco classes distintas:
terminais de alumínio;
pinos de latão;
componentes ferro-metálicos;
vidro;
poeira fosforosa, rica em mercúrio;
isolamento baquelítico.
Destino dos produtos obtidos:
– A poeira é retirada do filtro e transferida para uma unidade de destilação para recuperação do mercúrio;
– O vidro é enviado para reciclagem;
– O alumínio e pinos de latão, depois de limpos, são enviados para reciclagem;
– A poeira de fósforo é, normalmente, enviada para uma unidade de destilação, onde o mercúrio é extraído. O mercúrio é, então, recuperado e pode ser reutilizado;
– A poeira fosforosa resultante é reciclada.
O único componente da lâmpada que não é reciclado é o isolamento baquelítico, existente nas extremidades da lâmpada.
Destilação de mercúrio
É a fase de recuperação do mercúrio contido na poeira de fósforo. A recuperação é obtida aquecendo o mercúrio acima de 350°C. O material vaporizado, a partir desse processo, é condensado e coletado.
Fonte: CMRR – Centro Mineiro de Referência em Resíduos
Acesse: http://www.cmrr.mg.gov.br/
Ano da Publicação: | 2010 |
Fonte: | http://saberpensar.jimdo.com/reciclando_o_lixo_e_as_idyias.php |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |