A reciclagem de resíduos do consumidor ainda é controlada com as lixeiras coloridas para cada espécie de lixo. Isso não pode continuar assim. O fluxo de produtos para fora do domicílio tem de ser gerido com tanta inteligência quanto o fluxo de produtos para dentro do domicílio.
Imagine: você decide que não quer mais seu celular velho e joga ele no lixo. Então a sua lixeira lê o código do produto e decide se ele deve seguir para a reciclagem ou para um site de vendas de produtos usados, como o Mercado Livre. Pelo simples ato de jogar algo no lixo você estaria ganhando dinheiro. Essa é a ideia por traz do projeto de Valerie Thomas, professora de engenharia industrial e políticas públicas da Universidade Georgia Tech, nos Estados Unidos, o Smarth Trash.
Neste sistema os produtos são identificados por meio de um código ou por rádiofrequência. A lixeira tem um scanner, que lê a etiqueta do eletrônico e disponibiliza online suas informações específicas (como o número de série, o nome do fabricante, etc) para uma empresa de reciclagem, uma de processamento de componentes tóxicos ou até mesmo diretamente para um site de leilões, como o Ebay.
Já existe um número considerável de fabricantes, varejistas, empresas de reciclagem e pesquisadores trabalhando para concretizar o Smart Trash. Entre eles estão representantes do Wal-Mart, Hewlett-Packard, da EPA (Enviromental Protection Agency) e desenvolvedores de códigos de barra, todos unidos no Projeto PURE, cujo objetivo é aperfeiçoar esse conceito e empurrá-lo para a realidade.
“A reciclagem de resíduos do consumidor ainda é controlada com tecnologias de 1950 (como as lixeiras coloridas para cada espécie de lixo)”, diz Valerie. “Claro que isso não pode continuar assim. O fluxo de produtos para fora do domicílio tem de ser gerido com pelo menos tanta inteligência quanto o fluxo de produtos para dentro do domicílio”.
Ano da Publicação: | 2011 |
Fonte: | Setor Reciclagem |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |