Lixo: de quem é a responsabilidade?

A caminho do trabalho, assisti novamente a uma cena deprimente: o cidadão tinha acabado seu lanche, abriu a janela do carro e jogou a embalagem. E, não contente, na quadra seguinte, descartou a lata do refrigerante. O comportamento, corriqueiro nas grandes cidades, já não choca mais os passantes anônimos, mas continua sendo uma atitude condenável, inaceitável e revoltante.

O ato demonstra falta de educação, de respeito com o próximo, de cuidado com o meio ambiente e de amor pela cidade. Jogar lixo na rua só prova que o modelo de limpeza urbana adotado no Brasil induz o cidadão a acreditar que manter a cidade limpa é uma obrigação da prefeitura porque, afinal, “é para isto que servem os impostos”. E, em tese: se ele paga, pode sujar porque alguém vai limpar. Seguindo a mesma lógica, quando um bueiro transborda depois de uma chuva forte o culpado sempre é o governo; nunca é o cidadão que jogou lixo na rua.

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