Lixo espacial é todo detrito proveniente de objetos lançados no espaço e lá abandonados, que permanecem na órbita terrestre (entre 250 km e 1000 km de altura) por tempo variável. Sua quantidade tem aumentado muito, já que anualmente são lançados cerca de 100 foguetes, plataformas espaciais e satélites, que liberam pedaços, tanques de combustível ou são desativados.
Hoje estima-se a existência de quase 3 mil toneladas deste lixo dando voltas na Terra, cerca de 6 mil objetos de tamanhos diversos. Acredita-se também que haja cerca de 330 milhões de partículas menores de um milímetro (originadas, em sua maioria, de explosões) em órbita.Desde 2001, 80 janelas de naves espaciais tiveram de ser trocadas devido a impactos com estas pequenas partículas.
Todo este lixo está fadado a cair na Terra mais cedo ou mais tarde, conforme forem perdendo velocidade. Alguns objetos podem atingir 400 km/h na queda e chegar à temperatura de 1000 graus Celsius. Mas, ao contrário do que pode parecer, o principal problema do lixo espacial não é a sua queda: boa parte do lixo entra em combustão ao entrar na atmosfera e se desintegra antes de alcançar o solo. Mesmo aqueles resíduos maiores que acabam caindo geralmente atingem o mar, sem causar estragos, pois mais de dois terços da Terra é composta de oceanos e não continente.
O principal problema do lixo espacial é a possibilidade de um equipamento que funcione, como satélites e ônibus espaciais, se choquem com eles e sofram avarias que os inutilizem. Estes resíduos circulam a uma velocidade muito grande, equivalente a dez vezes a velocidade de uma bala de rifle. Os resíduos maiores ainda têm como serem monitorados por telescópio, e os foguetes, satélites e ônibus espaciais orientados para se desviarem deles. Mas os menores de dez centímetros, não detectáveis, podem causar sérios estragos.
Além disso, sua permanência em órbita pode atrapalhar a comunicação entre a Terra e os satélites em funcionamento. Especialistas estimam que, se nenhuma medida for tomada, quantidade de lixo espacial dobrará antes de 2010. Outro problema é a possibilidade de explosão de partes de um antigo foguete que contenha combustível, gerando uma reação em cadeia do lixo mais próximo.
Uma das soluções que se começa a implantar hoje é fazer viagens de "transporte de lixo" das estações espaciais para o planeta através de ônibus espaciais. Outra é um projeto militar americano de direcionar um laser de alta precisão a estes objetos que destrua os detritos espaciais.
Fonte: www.conpet.gov.br
Ano da Publicação: | 2011 |
Fonte: | http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/lixo-espacial-2.php |
Link/URL: | http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/lixo-espacial-2.php |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
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