Lixo espacial aumenta e adquire características perigosas

Espaço

Domingo, 17 de setembro de 2006, 10h42

Lixo espacial aumenta e adquire características perigosas

Os astronautas do ônibus espacial Atlantis perderam uma porca, uma mola e uma arruela em sua primeira caminhada para recomeçar a construção da Estação Espacial Internacional (ISS) na última semana.



Esses três objetos se afastaram flutuando no vazio espacial sem inconvenientes posteriores, e o incidente passou para o arquivo do esquecimento para a Nasa.



Mas muitos cientistas vêm advertindo que o espaço está se tornando um depósito de lixo cada vez mais perigoso.



Os especialistas alertam que é possível que o deslocamento desses objetos tenha parecido lento, tendo à ISS como ponto de referência.



No entanto, esclarecem que, na realidade, estão se deslocando no espaço a cerca de 28 mil km/h.



Na imensidão do espaço, as possibilidades de um choque são remotas, segundo os especialistas.



Mas, ao mesmo tempo, informam que o lixo espacial está aumentando de forma desmedida e que, assim, cresce o risco de uma colisão catastrófica no espaço.



Um estudo realizado em 1999 e registrado pelo “space.com”, um site na internet sobre informações espaciais, afirma que até esse ano havia cerca de dois mil quilos de “ferro velho” flutuando em uma órbita muito próxima à atmosfera terrestre.



Esse lixo, que começou a ser formado em 1965, quando o astronauta Edward White perdeu uma luva na primeira caminhada espacial de um americano, é formado por aproximadamente 110 mil objetos de mais de um centímetro de diâmetro, suficientemente grandes para causar danos em um satélite ou em um dos telescópios espaciais da Nasa.



Como resultado do aumento das operações realizadas pela Nasa, Rússia e outros países que entraram no seleto grupo dos que podem pôr um objeto no espaço, é natural que o lixo tenha se multiplicado nos últimos anos, segundo os especialistas.



Alguns dos maiores objetos poderiam ameaçar a vida dos astronautas de uma nave ou mesmo a existência da ISS, que está em órbita a cerca de 400 quilômetros de altura da Terra.



Como exemplo do perigo, o “space.com” cita o caso de um pequeno pedaço de pintura que se desprendeu de um satélite e que, ao bater contra uma nave, causou uma perfuração de mais de um centímetro de diâmetro, mas que não teve maiores conseqüências.



O perigo não passou despercebido para as autoridades dos EUA, cujo Comando Espacial assumiu a tarefa de vigiar rigorosamente o lixo espacial e outros objetos, além de informar a outros órgãos quando houver risco de colisão.



Segundo essa instituição, em meados de 2000, já estavam no espaço 8.927 objetos de envergadura fabricados pelo homem, muitos deles de forma permanente.



Desse total, 2.671 eram satélites (em funcionamento ou desativados), 90 eram sondas espaciais e 6.096, pedaços de naves. O primeiro satélite a virar entulho foi o Vanguard I dos EUA, lançado em 1958 e desativado após seis anos de funcionamento.



Muitos deles serão atraídos pela força de gravidade da Terra, e acabarão se desintegrando como meteoritos no choque com a atmosfera.



Mas alguns, devido a seu grande tamanho, podem não ser totalmente destruídos e cair em algum ponto da Terra.



Segundo Major Birmingham, do Comando Espacial, informou ao “space.com”, mais de 57 desses objetos conseguiram atravessar a atmosfera nos primeiros seis meses de 1999.



Um deles foi o SkyLab dos EUA, que em 1979 se desintegrou e uma parte caiu no Oceano Índico, enquanto a outra caiu na Austrália.



No entanto, Birmingham afirma que há poucas possibilidades de que um pedaço desses objetos que vagam no espaço cause uma catástrofe ao cair na Terra, porque mais de 75% da superfície do planeta é coberto pelo mar.



“Muitos dos que entram na atmosfera se desintegram ou caem no mar. Reingressos como o do Skylab são muito raros e uma exceção”, disse.



EFE



Agência EFE – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agência EFE S/A.


Ano da Publicação: 2008
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1143232-EI301,00.html
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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