Lixo radioativo

O que é radioatividade?



Em 1896, um cientista francês, Antoine Becquerel, estava estudando o elemento urânio. Casualmente, ele colocou o urânio perto de uma placa fotográfica e, olhando para a placa, algum tempo depois, viu marcas pretas incomuns sobre ela. O urânio estava desprendendo, ou emitindo, partículas (ou raios), que estavam afetando a placa. Foi assim que se descobriu a radiação.





Estes tambores de lixo raioativo estão sendo transportados para depósitos especiais. Medidas rígidas de segurança são necessárias, como o encaixamento em concreto ou aço.











A radiação é emitida por muitos outros elementos, além do urânio – rádio, potássio, tório, carbono e iodo são apenas alguns desses elementos -, chamados radioativos. Toda radiação pode ser prejudicial aos homens e outros animais, porque danifica as células vivas. Quanto maior for o nível de radiação, maior será o dano. As pessoas têm usado essa capacidade destrutiva da radiação para tratar algumas doenças, como o câncer. Uma determinada dose de radiação é aplicada no paciente para matar células cancerosas do corpo.



Materiais radioativos são utilizados na agricultura, indústria, medicina, em pesquisas científicas e engenharia, bem como na produção de energia e bombas nucleares. Todos esses processos produzem lixo que deve ser descartado. Embora toda radioatividade se desintegre com o tempo, alguns materiais levam muitos milhões de anos para se desfazerem. É importante, portanto, que o lixo seja estocado seguramente, para não prejudicar a vida da geração atual e das futuras.



Lixo de baixo nível de radiação



Esse é um lixo de vida curta, que tem baixo teor de radioatividade. Inclui a roupa protetora contaminada e alguns equipamentos de hospitais, fábricas, universidades e de indústrias de energia nuclear.



Métodos de descarte: enterrar em fossos; jogar no mar, dentro de tambores de aço (isso não é mais permitido em alguns países); certos lixos líquidos são lançados no mar e o gasoso é descarregado na atmosfera.



Lixo de nível intermediário de radiação



É constituído por lixo sólido de maior volume, como equipamentos usados, frascos de transporte e lama radioativa de usinas atômicas, de fábricas de processamento de combustível e unidades de fabricação de armas nucleares.



Método de descarte: envolver em concreto e armazenar em locais especiais, geralmente em usinas atômicas. Pesquisadores estão procurando métodos de descarte em armazéns subterrâneos, ou nas partes mais profundas do mar.



Lixo de alto nível de radiação





Em outubro de 1988, militantes alemães do Greenpeace protestaram contra o depósito de lixo nuclear sueco em seu país.











Esse tipo de lixo inclui combustíveis sólidos e líquidos usados em indústrias de energia nuclear.



Métodos de descarte: os líquidos são estocados em tanques de aço inoxidável, envoltos em concreto, num local apropriado. Podem também ser solidificados em vidros e armazenados em containeres de aço dentro de construções de concreto ou em armazéns subterrâneos. Pesquisadores estudam a possibilidade de serem depositados nas profundezas dos oceanos.



Dispor seguramente do lixo radioativo é um problema controverso. Muitas pessoas estão preocupadas com a radioatividade, principalmente porque não pode ser vista, tocada, cheirada ou experimentada. Um grande número de grupos locais têm batalhado contra o descarte de lixo em suas regiões. Grupos de defesa ambiental têm, também, empreendido longas campanhas para acabar com os depósitos de lixo radioativo. Em 1983, uma bem-sucedida campanha do Greenpeace pôs fim a um depósito no Oceano Atlântico. Em 1984, os militantes do Greenpeace impediram, temporariamente, que pipas contendo lixo radioativo líquido da fábrica nuclear Sellafield fossem lançadas no Mar da Irlanda.





O acidente nuclear de Three Mile Island, em 1979, pr

Ano da Publicação: 2007
Fonte: http://www.meusestudos.com/ecologia/reciclagem-de-lixo/lixo-radioativo.html
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

Check Also

GUIA NACIONAL DE CONTRATAÇÕES SUSTENTÁVEIS

6ª EDIÇÃO, REVISTA, ATUALIZADA E AMPLIADA EDIÇÃO APROVADA PELA CÂMARA NACIONAL DE SUSTENTABILIDADE E PELA …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *