Você sabia que uma simples troca de óleo lubrificante em seu veículo, pode gerar graves consequências para o meio ambiente? Caso o estabelecimento escolhido não faça parte do sistema nacional de recolhimento de óleo usado e contaminado, seu descarte incorreto pode resultar em contaminação química e os danos podem ser irreversíveis.
O Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado – OLUC, é considerado um resíduo tóxico perigoso para o meio ambiente e para a saúde humana. Além de cancerígenos, provocam, entre outros males, a má-formação dos fetos. Para evitar a contaminação química deve-se enviar o resíduo para a regeneração e recuperação por meio do processo industrial chamado de rerrefino. Este tipo de resíduo é tão tóxico que, um litro de óleo lubrificante usado, pode contaminar um milhão de litros de água. Mil litros deste óleo podem destruir uma estação de tratamento de água para 50 mil habitantes.
Além do benefício ambiental, o processo de rerrefino também oferece vantagens econômicas, pois quando coletados e corretamente encaminhados à reciclagem, os olucs são transformados novamente em óleo lubrificante. Possibilitam a geração de óleos básicos, destinados à formulação de lubrificantes para a operação de maquinário de diversos segmentos industriais como, operações de estampagem, fabricação de borrachas, metalurgia, etc.
Há 5 anos, o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA publicou a Resolução nº 362/2005 regulando as atividades de coleta e recolhimento destes óleos lubrificantes. A Resolução criou um sistema de logística reversa, obrigando os produtores e importadores a coletar todo o óleo disponível ou garantir o custeio de toda a coleta dos olucs efetivamente realizada.
Atualmente, o Brasil exibe um percentual de 36% de recolhimento de óleo usado e pretende atingir a meta de 42% de recolhimento na próxima década. As regiões sudeste e sul são as que mais contribuem com o recolhimento. O ideal é que o Brasil atinga a faixa de 60% de rerrefino. Para isso, é preciso ampliar a consciência da sociedade no sentido de que ela deve trocar o óleo do veículo em agentes credenciados, coibir o desvio de grande quantidade de olucs que são utilizados como óleo combustível (queima de caldeiras em olarias, padarias, etc) e, controlar a venda de óleos lubrificantes em supermercados (o óleo vendido em supermercado não tem controle, pois não faz parte do sistema da logística reversa estabelecido pela Norma Conama).
Fonte: Rede Capixaba de Resíduos
Ano da Publicação: | 2013 |
Fonte: | http://blog.institutoideias.com.br/logistica-reversa-ja-recolhe-36-do-oleo-lubrificante-usado-no-brasil/ |
Link/URL: | http://blog.institutoideias.com.br/logistica-reversa-ja-recolhe-36-do-oleo-lubrificante-usado-no-brasil/ |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |