Ensaios geofísicos, pelos métodos da eletrorresistividade e polarização induzida (domínio do tempo), através das técnicas da sondagem elétrica vertical e caminhamento elétrico (configurações Schlumberger e dipolo-dipolo) foram executados na área do aterro controlado da cidade de Rio Claro-SP, com o objetivo de avaliar as potencialidades da integração dos métodos na caracterização geolétrica da área. A geologia sobre a qual está assentado o aterro de Rio Claro é constituída por sedimentos cenozóicos e pela Formação Rio Claro (sedimentos predominantemente arenosos), que está, por sua vez, assentada discordantemente sobre rochas da Formação Corumbataí (sedimentos argilosos e/ou silte-argilosos, com intercalações de arenitos). A interpretação conjunta da resistividade e da polarizabilidade, além de reduzir a ambigüidade dos modelos geoelétricos unidimensionais e bidimensionais interpretados, permitiu determinar a geometria das cavas de resíduos, zonas de percolação de chorume e identificar os diferentes litotipos das Formações, identificando materiais arenosos e siltosos. Neste trabalho, ficou evidente que a polarizabilidade é sensível à presença de resíduos urbanos, e que o efeito IP é relacionado a materiais polarizáveis dispostos na cava, como latas, papéis, restos eletrônicos e materiais de empréstimo utilizados para a cobertura dos resíduos.
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