Nova tecnologia para tratamento do lixo hospitalar, desenvolvida por uma empresa norte americana, em 1989, a Stericycle e com larga atuação nos Estados Unidos (conta com 4 usinas), agora é adotada em São Paulo capital. Nos Estados Unidos, a técnica foi aprovada pela Environmental Protection Agency (EPA). Além disso, conta com a recomendação da organização Não-governamental Greenpeace.
Com um investimento de US$ 18 milhões, a Cavo instalou uma usina no bairro de Jaguaré, onde poderá desinfetar 50 toneladas diariamente desse tipo de lixo (com capacidade para aumento nessa capacidade). Sua particularidade é substituir a incineracão por um tratamento de microondas, o qual, além de matar microorganismos, reduz o volume em 70%. Evidentemente, a técnica não elimina o problema em sua totalidade, pois os resíduos descontaminados ainda precisam de processos de reciclagem ou de serem depositados em aterro. A grande qualidade está no fato de a técnica não emitir poluentes na atmosfera, como acontece com a incineração.
A Usina de Jaguaré substituiria os serviços de incineração realizados no bairro de Vergueiro, com mais de 50 anos de funcionamento e com grande número de multas junto a órgãos de controle ambiental.
“Pelo sistema adotado pela Cavo, um caminhão trazendo lixo hospitalar é pesado logo ao chegar. Ele bascula a carga dentro de uma fossa coberta e isolada, mantida sob pressão negativa, para que o ar e os odores não saiam do poço. O ar passa por filtros e desodorizantes, antes de voltar à atmosfera”. O lixo disposto no fosso é içado por garras que transferem para um sistema de trituração. Uma vez compactado, é submetido ao campo magnético formado entre duas placas metálicas. Elas são capazes de inverte sua polaridade milhares de vezes por segundo, produzindo ondas de baixa frequência que promovem aquecimento até 98 graus Celsius e vibração molecular.” (Jornal Gazeta Mercantil, 25 de março, 1999). O sistema, conhecido por Processo Eletrotérmico, é que faz lembrar um forno de microondas.
O tratamento do lixo restringe-se ao lixo hospitalar classe A 9snague, equipamento cirúrgico descartado, restos laboratoriais e órgãos amputados. Ficam de fora desse tratamento, uma série de outros elementos, como por exemplo remédios não utilizados. Outro problema é o custo da tonelada tratada que sairá por R$ 700,00 (contra R$ 40,00 da incineração). A explicação está no fato de o incinerador em uso já teve seu custo de instalação amortizado e também pelo fato de não assimilar dispositivos ambientais mais exigentes. No caso de um incinerador com esses dispositivos, o valor é semelhante
Ano da Publicação: | 2004 |
Fonte: | Universidade Livre do Meio Ambiente - UNILIVRE |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |