O censo demográfico do IBGE como indicador da qualidade do serviço de coleta de resíduos sólidos urbanos

A avaliação da qualidade da prestação dos serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos é talvez um dos maiores desafios para o planejamento dos investimentos no setor. A informação prestada pelas administrações municipais na maioria dos protocolos de pesquisa que buscam conhecer a realidade de uma região, Estado ou do país não permite uma visão correta da realidade, tendo em vista que costuma restringir-se à situação formal, ou seja, a existência ou não do serviço e sua periodicidade, não a efetividade do mesmo.
Para o trabalho de caracterização ambiental da bacia do arroio Feijó, no Rio Grande do Sul, foram cruzadas informações relativas à coleta de resíduos sólidos provenientes de várias fontes. Uma das fontes utilizadas foi o Censo Demográfico do IBGE 1991. Foram lançados os dados por setor censitário na região em estudo e identificados aqueles em que os investigados responderam fazem uso de alternativas não adequadas de descarte de resíduos sólidos, tomadas como indicador da má qualidade do serviço de coleta. Os resultados revelaram coerência com a situação de fato observada na região, sugerindo que os dados do Censo poderiam ser utilizados como indicadores para avaliação da qualidade do serviço para áreas territoriais amplas, de difícil verificação “in-loco”.

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