A poluição gerada pelo consumo sem controle dos resíduos sólidos é uma das principais causas do lixo enquanto problema ambiental da atualidade, especialmente pelo consumo frente às atividades desenvolvidas em alguns estabelecimentos comerciais, como: supermercados, lojas, farmácias etc. Como etapa inicial deste estudo buscou-se a relação entre exposição ao lixo e destino. Considerando o problema na destinação dos resíduos particularmente usos das sacolas plásticas e garrafas PET, como conseqüência do problema na destinação do lixo urbano.
Entretanto, a palavra plástico vem do grego plastikós, que significa adequado à moldagem. O plástico, como material flexível, facilmente se adapta a ser moldado. Para tanto, os plásticos são materiais obtidos a partir das resinas sintéticas (polímeros), derivadas do petróleo. O plástico tem tido sua utilização cada vez mais desenvolvida em todos os setores industriais e por sua versatilidade e propriedades físico-químicas, tem substituído, com vantagens, a madeira, os metais e as ligas metálicas, o vidro e o papel, as fibras vegetais e animais, pois muitos deles já estão escassos na natureza ou têm um custo de produção bem mais elevado.
Portanto, hoje, o plástico está presente em muitos dos produtos que consumimos: na bala, embalagem tetrapak, caderno, embalando os livros, na garrafa pet,… a lista é extensa. Atualmente, suas principais aplicações são frascos e garrafas para uso alimentício/hospitalar (principalmente garrafas de refrigerante), cosméticos, bandejas para microondas, filmes para áudio e vídeo, fibras têxteis (PLASTIVIDA, 2008). Entretanto, as embalagens plásticas são corretas do ponto de vista da preservação ambiental e trazem uma série de vantagens para a economia do país e o consumidor final. Logo, é comum ver as pessoas solicitando nos supermercados mais sacos plásticos do que o necessário para embalar suas compras. Rapidamente se tornaram populares, através da sua distribuição gratuita nas lojas e supermercados não se preocupando com o destino destas sacolinhas que mais cedo ou mais tarde, vão parar nos mares e oceanos ocasionando sérios danos ambientais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE em 1991, 76% do lixo plástico coletado no Brasil eram despejados a céu aberto, nos chamados lixões ou vazadouros, sem qualquer cuidado ou tratamento; 13% eram depositados em aterros controlados; 10% em aterros sanitários e somente 1% tinham algum tipo de tratamento como compostagem, reciclagem ou incineração (CUSSIOL, 2000).
Geralmente os plásticos manufaturados chegam ao final da vida útil da sua aplicação original praticamente sem modificações substanciais nas suas características físico-químicas. Boa parte dos plásticos de fácil identificação e separação, oriundos de programas de coleta seletiva, pode ser reciclada mecanicamente com benefícios ambientais. Ao passo que cresce as irregularidades em relação aos despejos dos resíduos no solo, aumenta-se tanto a poluição e deteriorização do meio como o descaso com o nosso ambiente.
Conforme Freitas (2002) a cultura de desperdício, a escassez de espaços para a deposição do lixo e a falta de tratamento dos resíduos, são fatores agravantes, promotores de abrigo para agentes portadores de doenças e poluição do ambiente. Ainda assim, a agressão provocada pelo descarte indiscriminado de resíduos plásticos no meio ambiente prossegue. No Brasil, o processo cresce à ordem de 12% ao ano (COELHO, 2000).
Gente, Plástico não é lixo! Nesse sentido, a adoção de um programa como o da coleta seletiva de lixo, é de fundamental importância, já que certos plásticos podem levar até milhares de anos para se decompor, o que é bastante nocivo para a natureza.
Um outro aspecto a se considerar seriamente se refere ao plástico proveniente da coleta seletiva, que é matéria-prima para a produção de outros produtos plásticos. É a chamada reciclagem mecânica, que permite esse reaproveitamento.
Em países desenvolvidos, como o Japão, a reciclagem e reutilização já vem sendo incentivadas e realizadas há vários anos, com resultados positivos. O Brasil ainda apresenta um baixo consumo per capita de plásticos, mas a reciclagem e a reutilização estão sendo vistas como duas importantes alternativas para a redução de quantidade de lixo no futuro, criando com isso bons hábitos de preservação do meio ambiente. O que leva à economizar matéria-prima e energia.
É possível supor que um aumento do consumo de produtos plásticos no Brasil tem como conseqüência um aumento na geração de resíduos deste material, e logo, um agravo no problema da destinação do lixo urbano, coisa já vem acontecendo. Dentre os resíduos sólidos, os resíduos plásticos chamam mais atenção devido a total descartabilidade das embalagens. Assim, a destinação desses resíduos sólidos podem se dar através da reciclagem.
A reciclagem, então, surge como uma tendência tecnológica, reduzindo também o volume a ser deposto e aumentando a vida útil dos aterros. Essa alternativa permite o reaproveitamento dos resíduos, que possuem valor econômico como matéria-prima, reincorporando-os ao processo produtivo, reduzindo o seu impacto ambiental. O uso de plástico reciclado como matéria-prima passa, inclusive a ser fator de competitividade para algumas empresas transformadoras deste tipo de material, uma vez que pode representar uma redução de custos.
Neste contexto, os resíduos sólidos, os resíduos plásticos chamam mais atenção devido a total descartabilidade das embalagens, a resistência à degradação. Logo, uma das alternativas para os resíduos plásticos, componentes dos resíduos sólidos urbanos difíceis de identificar, é a produção de madeira plástica. O processo admite a mistura de diversos tipos de plásticos que podem ser perfilados ou moldados em vigas e mourões, bem como dar origem a produtos tais como bancos de praças, coretos, barreiras de som, paletes e piers, entre outros (MONTEIRO, 2003).
Portanto, o manejo ambientalmente saudável de resíduos deve ir além da simples deposição ou proveitamento por métodos seguros dos resíduos gerados e buscar desenvolver a causa fundamental do problema, procurando mudar os padrões não-sustentáveis de produção e consumo.
Neste contexto, o que mais estimula o processo da reciclagem além da fonte de riqueza é a preservação dos recursos naturais (matérias-primas, energia e água), a minimização da poluição e a diminuição da quantidade de lixo que vai para os aterros sanitários.
Assim, a corrida descomedida na produção de bens de consumo pelo ser humano associada à escassez de recursos não-renovaveis e contaminação do meio ambiente, tem despertado no ser humano o pensar mais profundamente sobre a reciclagem e reutilização de produtos que simplesmente seriam considerados inservíveis. Logo, acredita-se que a destinação dos resíduos domiciliares, particularmente uso das sacolas plásticas, é o maior causador de conseqüência de um problema ambiental.
Autor: CRUZ, Edilma Oliveira
Ano da Publicação: | 2011 |
Fonte: | http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-destino-sobre-os-residuos-plasticos-e-seus-reaproveitamentos/38388/ |
Link/URL: | http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-destino-sobre-os-residuos-plasticos-e-seus-reaproveitamentos/38388/ |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
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