O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA REGIÃO METROPOLITANA II DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

A disposição inadequada dos resíduos sólidos, atualmente, constitui um problema para a sociedade, tendo em vista os impactos ambientais que provoca, alterando a qualidade do solo, do ar e dos corpos aquáticos, e representando um risco para a saúde pública. Este artigo aborda aspectos do gerenciamento de resíduos sólidos na região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, discutindo ações desenvolvidas nesta área, da coleta à destinação final. Mais especificamente, analisa aspectos relacionados às classes de resíduos, resíduos sólidos gerados e triados, à situação atual da destinação final e ao gerenciamento de resíduos hospitalares, traçando-se, ao final, um panorama da situação do gerenciamento dos resíduos sólidos local. Durante os meses de janeiro a junho de 2008, foram realizadas visitas aos locais de destinação final dos resíduos sólidos – os aterros controlados e lixão, bem como entrevistas com técnicos responsáveis pelas ações de gerenciamento dos resíduos sólidos das Secretarias Municipais do Meio Ambiente, de Obras e de vigilância ambiental em saúde das Secretarias de Saúde, dos municípios da Região Metropolitana II, a saber: Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim. A região Metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, embora composta por municípios com realidades bastante diferenciadas em termos de desenvolvimento social e econômico, possui grande parcela da população vivendo em condições precárias e sem acesso aos serviços públicos de saneamento, saúde e educação, vulnerável aos impactos ambientais. Verifica-se que a disposição final com o tratamento adequado dos resíduos sólidos constitui importante problema, não só para os governos e políticas públicas locais, mas também para as populações que convivem com os lixões. Destaca-se o importante papel dos catadores informais pelas cidades, muitos se organizando em pequenas cooperativas e grande parte operando em áreas urbanas onde o lixo é armazenado, aguardando coleta pública, ou, ainda, em alguns dos aterros controlados e no lixão da região. Há urgência de implantação de aterros sanitários ou aterro consorciado, desativando-se as áreas atuais de lixões e/ou aterros controlados, com ações de remediação de áreas degradadas, e, enfim, que se adotem soluções que dêem conta dessa importante parcela do saneamento básico, minimizando o impacto negativo dos solos e águas subterrâneas contaminados, visando-se a sustentabilidade da saúde e do ambiente, e o bem-estar das pessoas.

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