Existe até um nome para esse tipo de sujeira: e-lixo, o lixo eletrônico. São os entulhos de computadores velhos abandonados ao ar livre. E haja lixo. São 20 milhões de toneladas de detritos no mundo inteiro, estima reportagem da revista Business Week.
Esse acúmulo tende a aumentar. Segundo dados do Greenpeace, em 1997 a vida útil de um computador pessoal era de seis anos – em 2005 era de dois anos. O tempo diminui devido à corrida tecnológica.
Qual é o risco oferecido por essa sujeira? Além do aspecto degradante, as peças possuem substâncias tóxicas, como chumbo, níquel, arsênico e mercúrio, que ameaçam a água, o solo e o ar.
No Brasil a situação não é muito diferente. Segundo o UOL, diversos terrenos na Cracolândia, bairro degradado da zona central de São Paulo, estão atulhados de computadores relativamente novos.
Em Santa Ifigênia, pedaço central da cidade, ponto de comércio de aparelhos eletrônicos, os lojistas tentam comercializar computadores antigos, em perfeito estado, mas sem valor de mercado.
O destino dessas máquinas acaba sendo os lixões. As empresas tentam mudar a imagem de poluidoras. A Dell prometeu não utilizar substâncias tóxicas até 2009, além de plantar uma árvore para cada novo computador vendido. HP, Sony, Toshiba e Apple se comprometeram a criar programas de reciclagem.
A substituição das partes não-biodegradáveis por materiais menos poluentes é outra alternativa, mas está longe de ser viabilizada com a tecnologia atual. Isso também elevaria o preço do produto – e nenhum consumidor quer arcar com os custos.
Autor: Da Redação
Revista da Semana – 19/11/2007
Ano da Publicação: | 2011 |
Fonte: | Planeta Sustentável |
Link/URL: | http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/lixo/conteudo_260850.shtml |
Autor: | Rodrigo Imbelloni |
Email do Autor: | rodrigo@web-resol.org |