O problema do Lixo

O problema do lixo é que ele é heterogêneo,isto é,ele é composto de um grande número de diferentes materiais que não podem ser tratados da mesma maneira. É por isso que temos destintos tipos de coleta, com diferentes equipamentos,rotinas e tratamentos para diferentes resíduos.

O lixo pode causar doenças ,ele polui o ar, a água, matando os peixes e contaminando a água. Lixo nos córregos pode ocasionar enchentes.

O lixo urbano é constituído predominantemente por matéria orgânica e como tal sofre intensa decomposição, permitindo a reciclagem. A decomposição pode ser feita por dois processos: aeróbio e anaeróbio. A decomposição aeróbia é muito mais rápida, e os resíduos resultantes são: gás carbônico, sais minerais e alguns compostos orgânicos que, mais resistentes à biodegradação não chegam a se decompor totalmente.

A decomposição anaeróbia, entretanto pode originar compostos nocivos, como gás sulfídrico, mercaptans e outros compostos que podem ser tóxicos ou exalar mau cheiro. O lixo urbano sofre quatro processos: lixões, aterros sanitários, compostagem e incineração. No caso dos “lixões”, o lixo simplesmente é levado para terrenos baldios onde fica exposto e é aproveitado pelos “catadores de lixo” que correm o risco de contrair doenças. Por outro lado o lixão provoca intensa proliferação de moscas e outros insetos. Outro inconveniente é o “chorume”, liquido que resulta da decomposição do lixo e que polui o solo e os lençóis d‘água.

O chamado aterro sanitário não é um processo de tratamento. Consiste na decomposição de camadas de lixo alternadas com camadas de argila em terrenos bem drenados. Nessas condições as camadas de lixo sofrem decomposição aeróbia e depois anaeróbia. Um inconveniente do aterro sanitário é a possibilidade de contaminação das águas subterrâneas, além da não reciclagem dos materiais para os locais de origem. A incineração é um processo dispendioso, no qual o lixo é queimado em câmaras de incineração. As cinzas resultantes podem ser usadas para indústrias de fertilizantes. No processo de compostagem o material orgânico do lixo sofre um tratamento biológico do qual resulta o chamado “composto”, material utilizado na fertilização e recondicionamento do solo.

Todos temos ouvido falar muito que o lixo é um problema. Mas ao cidadão comum parece o problema do lixo só existe quando há interrupção na coleta do lixo e os lixeiros deixam de passar na sua porta. É de arrepiar, não é verdade? Sacos e sacos amontoando-se nas calçadas, exalando mau cheiro, atraindo insetos e outros animais. Em resumo: poluindo e sujando a porta da sua casa.
O que é preciso entender é que, mesmo quando o lixo é recolhido pelos lixeiros, ele não desaparece: apenas é levado para outro lugar. E é preciso muito cuidado para que ele não cause os problemas que estava causando na porta de sua casa em outro lugar. Afinal, a cidade também é nossa casa, assim como o país, o continente e … o Planeta.
O lixo é responsável por um dos mais graves problemas ambientais de nosso tempo. Seu volume é excessivo e vem aumentando progressivamente, principalmente nos grandes centros urbanos, atingindo quantidades impressionantes, como os 14 milhões de quilos coletados diariamente na Cidade de São Paulo. Além disso, os locais para disposição de todo esse material estão se esgotando rapidamente, exigindo iniciativas urgentes para a redução da quantidade enviada para os aterros sanitários, aterros clandestinos ou lixões. O lixo, como os demais problemas ambientais, tornou-se uma questão que excede à capacidade dos órgãos governamentais e necessita da participação da sociedade para sua solução.
Uma das possibilidades para reduzir o problema do lixo é a implantação da coleta seletiva de lixo – que consiste na segregação de tudo o que pode ser reaproveitado, como papéis, latas, vidro, plástico, entre outros – enviando-se esse material para reciclagem. A implantação de programas de coleta seletiva de lixo não só contribui para a redução da poluição causada pelo lixo, como também proporciona economia de recursos naturais – como matérias-primas, água e energia – e, em alguns casos, pode representar a obtenção de recursos, advindos da comercialização do material.
Apesar do crescente número de municípios em que a coleta seletiva de lixo é implantada – uma vez que toda a coleta de lixo é atribuição dos governos municipais – verifica-se também um grande número de programas desenvolvidos por iniciativa da sociedade civil, em escolas, empresas, condomínios, etc., que apresentam maior chance de continuidade, pois não estão vinculados a mudanças e interesses políticos.

O lixo mudou muito…

Até a metade do século 20 o lixo não significava um problema. A maior parte dele era formada por materiais orgânicos , como restos de frutas e verduras, assim como de animais, e tudo isso é degradável pela ação da natureza. O lixo era menor e facilmente transformado pelo próprio Meio Ambiente em nutrientes para o solo.
Muitas pessoas tinham o hábito de ter em suas casas uma horta ou uma criação de galinhas e outros animais domésticos, a quem elas davam seus restos de comida. O que restava era enterrado, retornando ao solo. Portanto, tudo ia muito bem. O pouco que sobrava era recolhido e a natureza fazia sua parte. Entretanto, com o passar dos anos, o modo de vida dos habitantes do planeta foi mudando. A maioria mudou-se das áreas rurais para as cidades. As cidades foram crescendo, reduzindo o espaço de moradia e o tempo disponível dos cidadãos. O resultado é que passou a fazer parte da vida cotidiana a compra de alimentos e outros produtos embalados, prontos para o consumo. Parecia que era a solução perfeita.Chegaram os supermercados, as comidas prontas, o leite longa vida, os vegetais já lavados…. ótimo!
Mas.tudo isso passou a significar também montanhas e montanhas de embalagens, sacos plásticos, caixas, isopor, sacolas, sacolinhas, latas disso e daquilo…. E o que é pior: são materiais que a natureza custa muito – quando consegue! – degradar e incorporar novamente ao ciclo da vida.
Felizmente, grande parte desses materiais pode ser reaproveitada ou reciclada, evitando o acúmulo de lixo no solo de nossas cidades e reduzindo o desperdício de recursos naturais.
Mas esse movimento está apenas começando. É necessária a colaboração de todos para que esse problema seja amenizado.
[Fonte] http://www.augustolaranja.com.br/aluno/GFER8C2/lixo1.htm, http://orbita.starmedia.com/mundogeografico/texto81.html

Ano da Publicação: 2010
Fonte: http://sobrelixo.awardspace.com/oproblema.php
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

Check Also

Lixo é no lixo

BY RICARDO RICCHINIIN RECICLAGEM DE LIXO ELETRÔNICO — 7 MAI, 2015 Lixo é no lixo, …