(cerca de 7.800 km) do total de quilômetros de rodovias não-pavimentadas poderia consumir mais de 11 milhões de
pneus inservíveis. Com um descarte anual estimado em 44 milhões de pneus, a incorporação de borracha de pneus ao
pavimento asfáltico pode contribuir significativamente para o equacionamento da questão da disposição final desses
resíduos no país. Este trabalho apresenta os resultados parciais de um estudo laboratorial que teve por objetivo avaliar o
efeito produzido pelo teor e granulometria da borracha reciclada de pneumáticos sobre as propriedades de uma mistura
asfáltica densa. Foram preparadas misturas asfálticas com duas granulometrias de borracha, substituindo parte dos
agregados pétreos em algumas frações da curva granulométrica (“processo seco”). Essas misturas foram comparadas a
uma mistura de controle, sem borracha. Para avaliação das propriedades mecânicas, as misturas foram submetidas ao
ensaio de compressão diametral dinâmico para determinação do módulo de resiliência, ao ensaio de resistência à tração
por compressão diametral e ao ensaio de trilha de roda em equipamento simulador de tráfego em laboratório. Os
resultados mostram que a adição de partículas mais finas propicia a melhora no desempenho em termos de resistência à
deformação permanente. O módulo de resiliência cai significativamente com adição de uma pequena quantidade de
borracha, mas não proporcionalmente à redução da resistência à tração, sugerindo, em princípio, uma maior flexibilidade
e resistência à fadiga. A adição de borracha de pneus em obras de pavimentação asfáltica pode contribuir para a
minimização dos problemas relacionados à disposição final dos pneus inservíveis e, ao mesmo tempo, melhorar algumas
propriedades de engenharia das misturas asfálticas
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