Papel

Durante o reinado de Ho-Ti, da dinastia dso Han, viveu na China um certo Tsai-lun, que por volta de 105 a.C. pôs um prática um processo para fabricação de papel: usava córtex de árvores e retalhos de sêda, embebendo-os em água e depois reduzindo-os penosamente a pasta, a pedradas e marteladas
Séculos passaram-se até que essa técnica rudimentar progredisse e chagasse ao Japão. Ali foi introduzida no tempo do Imperador Hei-Jo (806-809).

Papel à japonesa resultava das seguintes operações: cortar galhos de amoreiras, separar o cortéx, lavá-lo, fazê-lo em tiras e cozê-lo em água até virar pasta.

Em 751 os chineses atacaram os árabes, que ocupavam Samarcanda; a invasão foi rápida, mas os árabes capturaram alguns peritos em papel e aprenderam a fabricá-lo também. Não tardou, o papel era introduzido em todos os comínios áreabes. E já então, para o seu fabrico, havia uma variedade maior de matérias primas: linho, trapos e quaisquer fibras vegetais, exceto algodão.

Em meados do século XII os mulçumanos iniciaram o fabrido de papel na Espanha. Na Itália, mais precisamente em ancona, as primeiras instalações surgiram em 1276. Aí já se substituíam os batedores manuais por malhos de cabeça de pedra, acionados hidráulicamente por meio de uma roda. Nos idos do século XVI havia fábricas de papel em todos países da Europa.

Enretanto, a procura de papel era pequena. Afinal, pouca gente sabia ler e escrever. A demanda só aumentou depois que Gutenberg inventou os tipos móveis de imprensa, meados do século XV.

No século XVII, ´pe dado outro notável impulso à faicação do papel, graças a uma inovação holandesa que permitiu triturar a matéria-prima por meio de rotação de um cilindro dotado de facas metálicas; assim, tornou-se possível obter um grau maior de refinação da casca em muito menos tempo. Por isso, novos processos de aproveitamento da madeira são experimentados. E a polpa de maeira virá a ser a fonte mais importante para papel.

O papel da celulose

Toda célula vegetal é revestida por uma membrana, formando uma parede constituída sobretudo por um conjunto de filamentos entrelaçados de celulose, que quase sempre dispostos com as fibras de um um tecido. Essa membrana comtém uma substância – a lignina – que a enrijece. A madeira, por exemplo, não é senão uma massa de duras células lignaficadas.

O papel é produzido a partir de vegetais com suficiente celulose – pelo menos 30% – para dar fibras com mais de 1 mm de comprimento. O Tamanho da fibra é importante, porque dele dependerá a consistência da polpa que, mistura a outras substâncias – adesivos, corantes -, resultará em papel.

Trapos de lino e algodão – adequadamente reaproveitados – fornecem um tipo especial de papel, mas a maior fonte de matéria-prima é mesmo a madeira. No Brasil, são usados o pinho e o eucalipto de preferência; na Europa, também a bétula, o choupo e o abeto – branco ou vermelho

O papel da indústria

A celulose é um composto de 6 átomos de carbono, 10 de hidrogênio e 5 de oxigênio (C3H10O5). Trezentos quilos de madeira, depois de trabalhados, rendem 60 quilos de celulose. No que consiste esse trabalho? Primeiro, retira-se a lignina das fibras. Sobram fios finíssimos, que são trançados numa espécie de feltro resistente e adesivo. Esssas são justamente as tarefas da indústria: desfibrar e entretecer a matéria-prima, convertê-la em polpa e em papel.

Para obter-se a polpa de madeira, promeiro passo é separr as fibras. Depois, trata-se de branqueá-las e reduzi-las a uma pasta – a própria polpa. A esta são misturados adesivos – breu, cola, resinas e corantes – tintas sintéticas ou naturais, ou ainda pigmentos minerais.

O papel do eucalipto

O pinho e o eucalipto são os dois tipos principais de madeira usados no brasil para a fabricação de papel. É que, de um lado, essas árvores existem em muitas regiões do País, pois seu crescimento é depressa (aproximadamente em 6 anos cresce em torno de 25m) – nos mais variados terrenos e climas;de outro, podem ser aproveitadas, da raiz às folhas, também para fins diversos. Além disso, há razões econômicas: se temos pinho e eucalipto, não há motivo para importar outras madeiras.

O eucalipto é originário da Autrália e é distribuído em mais de 500 espécies. Entretanto, das 130 espécies que se difundiram e se aclimataram no Brsil, apenas duas – Saligna e Alba – oferecem todas as vantagens à industria de papel: fácil comprar suas sementes, elas se adaptam mesmo a terrenos não muito férteis, resistem a climas hostis, desenvolvem-se em pouco tempo e permitem, finalmente, a fácil remoção de sua fina casca – parte da árvores que não se aproveita para a fabricação de papel.

Ano da Publicação: 2011
Fonte: http://www.sucatas.com/papel.html
Link/URL: http://www.sucatas.com/papel.html
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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