Papel de escritório – O mercado para reciclagem

No Brasil, a disponibilidade de aparas de papel é grande. Mesmo assim, as indústrias precisam periodicamente fazer importações de aparas para abastecer o mercado. Quando há escassez da celulose e o conseqüente aumento dos preços do reciclado, as indústrias recorrem à importação de aparas em busca de melhores preços. No entanto, quando há maior oferta de celulose no mercado, a demanda por aparas diminui, abalando fortemente a estrutura de coleta, que só volta a se normalizar vagarosamente. No Brasil, há pouco incentivo para a reciclagem de papel.



Nos Estados Unidos, mais da metade do papel de escritório coletado pelas campanhas de reciclagem é exportada. É crescente o número de indústrias americanas que reutilizam papel de escritório como matéria-prima, barateando o custo da produção. Em muitos casos, porém, o custo da fabricação de papel reciclado pode ser maior do que a produção a partir da celulose virgem. O maior mercado é o de embalagens.



Quanto é reciclado?



41% do papel que circulou no País em 2002 retornou à produção através da reciclagem. Para este cálculo, considerou-se a produção total e o consumo aparente.



A maior parte do papel destinado à reciclagem, cerca de 86%, é gerado por atividades comerciais e industriais.



No Brasil, existem 22 categorias de aparas – o nome genérico dado aos resíduos de papel, industriais ou domésticos – classificados pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo e pela Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose.As aparas mais nobres são as “brancas de primeira”, que não têm impressão ou qualquer tipo de revestimento. As aparas mistas são formadas pela mistura de vários tipos de papéis. No Brasil as indústrias consumiram 2,8 milhões de toneladas de papel reciclado.



A intensidade do processo de reciclagem de papel é acentuadamente diferente, de acordo com as regiões brasileiras onde se realiza. Nas regiões Sul e Sudeste, onde se concentram as principais indústrias do País, as taxas de recuperação são altas, da ordem de 64% e 44%, respectivamente; e nas demais regiões, de 16%.



Conhecendo o material



Papel de escritório é o nome genérico dado a uma variedade de produtos usados em escritórios, incluindo papéis de carta, blocos de anotações, copiadoras, impressoras, revistas e folhetos. A qualidade é medida pelas características de suas fibras. Papéis de carta e de copiadoras são normalmente brancos, mas podem ter várias cores. A maioria dos papéis de escritório é fabricada a partir de processos químicos que tratam a polpa da celulose, retirada das árvores. Entretanto, papel jornal é feito com menos celulose e mais fibras de madeira, obtidas na primeira etapa da fabricação do papel, e por isso é de menor qualidade.



No Brasil, o consumo de papel gira em torno de 7 milhões de toneladas por ano.



Qual o seu peso no lixo?



Em São Paulo, o papel e papelão corresponderam a 19% do peso do lixo urbano em 2001. Nos Estados Unidos, o papel de escritório constitui 3,3% do lixo.



Sua história



A reciclagem de papel é antiga. Ao longo dos anos, o material mostrou ser fonte acessível de matéria-prima limpa. Com a conscientização ambiental, para a redução da quantidade de lixo despejado em aterros e lixões a céu aberto, os sistemas de reciclagem de papel evoluíram. As campanhas de coleta seletiva se multiplicaram e aumentou a ação dos catadores nas ruas, que têm no papel usado uma fonte de sustento.



E as limitações ?



Diversidades de Classes de Papel



O lixo derivado do papel de escritório é formado por diferentes tipos de papéis, forçando os programas de reciclagem a priorizar a coleta de algumas categorias mais valiosas, como o papel branco de computador. Embora tenha menor valor, os papéis mesclados, contendo diferentes fibras e cores, são também coletados para reciclagem. Os papéis para fins sanitários (toalhas e higiênicos) não são encaminhados pa

Ano da Publicação: 2004
Fonte: CEMPRE
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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