Papel ondulado – O mercado para reciclagem

As caixas feitas em papel ondulado são facilmente recicláveis, consumidas principalmente pelas indústrias de embalagens, responsáveis pela utilização de 64,5% das aparas recicladas no Brasil. Em 2002, 37,37% das aparas foram consumidas para fabricação de alimentos e 15,33(18,25)% destinados a chapas de papel ondulado. O papel ondulado é o material que atualmente mais usa material reciclado no País.



No Brasil, os índices de produção de aparas de papel por estados são: Amazonas (26,7 mil toneladas), Bahia (291,2 mil toneladas), Minas Gerais (369 mil toneladas), Paraíba (6 mil toneladas), Rio de Janeiro (189 mil toneladas), Rio Grande do Sul (178 mil toneladas) e São Paulo (3,5 milhão toneladas). No mundo, os Estados Unidos são os que mais consomem aparas, somando 23,2 milhões de toneladas. O Brasil participa com 1,5% do mercado mundial de aparas.



O papel ondulado é classificado em três categorias, conforme sua resistência e teor de mistura com outros tipos de papel.(Para maiores informações consultar a publicação "O Sucateiro e a Coleta Seletiva, Cempre,2000).



Quanto é reciclado?



77,3% do volume total de papel ondulado consumido no Brasil é reciclado. Nos EUA a recuperação de embalagens de Papelão Ondulado atingiu em 2002 73,9%, com 23.165 mil toneladas de aparas recuperadas.



No mercado americano, as caixas onduladas têm 21% de sua composição proveniente de papel reciclado. Muitas caixas têm coloração marrom em suas camadas. Algumas, contudo, usam uma camada branca, conhecida como "mottled white", composta por papel branco de escritório reciclado.



Valor



O valor do papel ondulado varia muito conforme a região e o preparo do material após a separação do lixo.



Muitos países estimulam a reciclagem do papel, incentivando a instalação de usinas depuradoras capazes de iniciar o processamento e fornecer fardos de celulose secundária para serem usados em qualquer fábrica de papel, sem que estas necessitem de equipamentos para preparação da polpa de aparas.



O material é de fácil coleta em grandes volumes comerciais, sendo facilmente identificadas quando misturadas com outros tipos de papel. Por isso seu custo de processamento é relativamente baixo.



Conhecendo o material



O papel ondulado, também conhecido como corrugado, é usado basicamente em caixas para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências. Normalmente chamado de papelão, embora o termo não seja tecnicamente correto, este material tem uma camada intermediária de papel entre suas partes exteriores, disposta em ondulações, na forma de uma sanfona.



O Brasil tem reciclado 1.95 milhão de toneladas de papel ondulado por ano. A produção nacional de papel ondulado em 2002 foi de 2,1 milhão de toneladas por ano.



Qual o seu peso no lixo?



Em São Paulo, o papel e o papelão – incluindo o papel ondulado – corresponde a 18.8% do lixo.



Sua história



A reciclagem de fibras secundárias é tão antiga quanto a própria descoberta do papel, no ano 105 d.C.. Desde aquela época, papéis usados podem ser reconvertidos em polpa para gerar produtos de qualidade menos refinada, como os miolos das caixas de papelão, cartões e papéis de embalagens. Há muito tempo as caixas onduladas são recicladas pelos grandes produtores de embalagens. Essa demanda produziu volume suficiente de papel para justificar o investimento em equipamentos para preparar o material a ser negociado com sucateiros.



Na medida em que o interesse pela reciclagem aumentou, cresceu também a quantidade de caixas feitas com material reciclado – uma tonelada de aparas pode evitar o corte de 10 a 12 árvores provenientes de plantações comerciais reflorestadas.



A fabricação de papel com uso de aparas gasta 10 a 50 vezes menos água que no processo tradicional que usa celulose virgem, além de reduzir o consumo de energia pela metade.



E as limitações ?

Ano da Publicação: 2011
Fonte: http://www.cempre.org.br/ft_papel_ondulado.php
Link/URL: http://www.cempre.org.br/ft_papel_ondulado.php
Autor: Rodrigo Imbelloni
Email do Autor: rodrigo@web-resol.org

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